Domingo, 05 de janeiro de 2025
Por Cláudio Humberto | 3 de janeiro de 2025
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Está bem adiantada a conversa sobre a ida de Sidônio Palmeira para a Secretaria de Comunicação da Presidência, hoje ocupada pelo ministro Paulo Pimenta, que já toma café frio na Secom. O marqueteiro resistiu no início principalmente por dois motivos: ganha muito mais trabalhando na iniciativa privada e avalia que a Secom é tribo com muito cacique e pouco índio. Sidônio não “exige” carta branca para assumir a pasta, mas quer o comando da pasta centralizado, o que não acontece hoje.
Pistolão
Um grande problema é o pitaco da primeira-dama Janja, que faz lobby para Brunna Rosa, que hoje cuida das redes sociais da Presidência.
Não entra mosca
Sidônio também tem problemas com declarações de Janja que contratam uma crise que não existia, como as ofensas ao empresário Elon Musk.
Cada um por si
Até Ricardo Stuckert, o fotógrafo, entra como peso. Com acesso direto a Lula, tem trabalho independente e controla as redes sociais do chefe.
Ministro sem força
Um dos motivos que empurrou Pimenta para fora da Secom é justamente a falta de comando. Dos sete secretários, o atual ministro só indicou dois.
Brasil notifica ingleses sobre acordo em Mariana
O governo brasileiro notificou em 11 de dezembro, pela primeira vez, a Justiça de Londres sobre o acordo de repactuação pela tragédia de Mariana, assinado com as empresas BHP, Vale e Samarco. O Ministério de Relações Exteriores enviou a íntegra do documento aos cuidados da juíza Finola O’Farrell, responsável pelo caso na corte britânica, com todos os detalhes da homologação do acordo, pelo qual as famílias vitimadas no desastre serão indenizadas em R$132 bilhões.
Valores recordes
A expectativa é que a Juíza considere na sua sentença os valores (recordes) que estão sendo pagos pelas empresas no Brasil.
Indenização única
As vítimas que receberem pelo acordo brasileiro não podem também receber via processo na Inglaterra, de acordo com a notificação.
Cidades caem fora
Os municípios de Sobralia, Córrego Novo, São Mateus e Conceição de Barra já abandonaram a ação da Pogust Goodhead no Reino Unido.
Troca no Senado
A liderança do PT no Senado vai mudar este ano. Sai o senador Beto Faro (PA) e entra o colega Rogério Carvalho (SE). No PSD, sai Otto Alencar (BA) e entra Omar Aziz (AM).
Fatura
Como nada é de graça, o PT já começa a escolher um nome para ocupar um naco de poder na Prefeitura de Belo Horizonte. Pelo apoio a Fuad Noman (PSD), o partido vai ficar com uma secretaria com atuação social.
Fuga de dólares
Dezembro registrou saída recorde de dólares do País, a maior da série histórica, iniciada em 2008. O fluxo cambial foi negativo em US$ 24,314 bilhões. Os dados são do Banco Central e conta valores até o dia 27.
Defumou
O ano de 2024 entra para a história como um dos piores para os biomas brasileiros. Foram 278.229 focos de incêndio, o período de maior incidência desde 2010. Subiu 46% em relação a 2023 (189.891 focos).
Deu Teixeira
Pesou o veto do prefeito Ricardo Nunes (MDB) a Rubinho Nunes (União) para presidência da Câmara de São Paulo e Ricardo Teixeira (União) ficou com a cadeira. Confirmou favoritismo percebido desde novembro.
Tunga
Já no primeiro dia útil do ano o Impostômetro ultrapassou a marca dos R$25 bilhões tungados do bolso do pagador de impostos. O marcador é mantido pela Associação Comercial de São Paulo.
Climão
A coisa não anda muito bem entre o vice-prefeito de São Paulo, Mello Araújo (PL), e o prefeito Ricardo Nunes (MDB). Ausente na diplomação de Nunes, Mello não vai mais levar a Secretaria de Projetos Estratégicos.
É a boca
Constatação da deputada Adriana Ventura (Novo-SP) sobre a disparada do Dólar e a falta de confiança na economia brasileira, “Cada vez que Lula abre a boca pra falar dos juros e do câmbio só piora a situação”.
Pensando bem…
… para o Dólar o ano já começou.
PODER SEM PUDOR
O segredo do poder
Empossado governador de Minas, nos anos 40, Milton Campos marcou audiência com uma comissão de correligionários de Curvelo, à frente o deputado Raimundo Sapateiro, o único trabalhador eleito pela UDN. Como Campos demorou a receber o grupo, Sapateiro acabou cochilando numa confortável poltrona da antessala. O próprio Milton Campos o despertou:
– Então, Raimundo, já conhecia o palácio? Gostou?
– Gostei muito, governador. E só agora entendi por que os políticos brigam tanto pelo poder. É porque ele é muito macio…
(Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos – @diariodopoder)
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Voltar Todas de Cláudio Humberto