Terça-feira, 29 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 8 de novembro de 2015
O STJ (Superior Tribunal de Justiça) informou que o juiz federal Vallisney de Oliveira manifestou, em junho, intenção de regressar a 10 Vara Federal, em Brasília, quatro meses antes da magistrada substituta, Célia Regina Ody Bernardes, ter autorizado a mais recente fase da Operação Zelotes, que apura irregularidades no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), vinculado ao Ministério da Fazenda.
A informação do STJ poderá colaborar para dissipar suspeitas, levantadas por investigadores da Zelotes, de que o retorno repentino do juiz foi uma forma deliberada de retirar Célia da condução das averiguações. Ela havia entrado no caso em outubro, mas não chegou a ficar 30 dias à frente dos inquéritos.
Oliveira, que atuava no STJ desde 2014, regressou à vara na quarta-feira, apenas uma semana depois de a juíza ter autorizado prisões e busca e apreensão em diversos endereços. A Corte informou que em junho Oliveira comunicou à chefia do gabinete do ministro Napoleão Nunes Maia, onde atuava, que desejava regressar à vara de origem.
Sob liderança de Célia, a Zelotes ganhou ritmo. Ela revogou a decisão do juiz substituto e mandou que fosse enviada ao STF (Supremo Tribunal Federal) a investigação sobre o ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Augusto Nardes. O juiz anterior devolveu o caso ao MPF (Ministério Público Federal), que usou recurso, aceito pela juíza. (Folhapress)