Segunda-feira, 04 de novembro de 2024
Por Cláudio Humberto | 4 de novembro de 2024
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Já se passaram 45 dias desde a abertura do inquérito sobre denúncias de assédio e importunação sexual contra Silvio Almeida, ex-ministro dos Direitos Humanos do governo Lula (PT), mas não há sinal de conclusão dos trabalhos. O ministro André Mendonça, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), não tem pressa. Acha importante que a PF utilize do tempo que for necessário. No Congresso circula que depoimentos de testemunhas à Polícia Federal revelaram outras vitimas de assédio.
Desconfiança
Movimentos em defesa da mulher e políticos de oposição temem que o governo Lula aja novamente para passar pano no ex-ministro.
Omissão oficial
O governo e o próprio Lula são acusados de não agirem contra Silvio Almeida, apesar de saberem de tudo desde 2023.
Trinta dias
A legislação estabelece trinta dias para a conclusão de inquéritos, mas o delegado pode solicitar a ampliação do prazo, e Mendonça concederá.
Priapismo
A ministra Anielle Franco (Igualdade Racial) contou à PF que o assédio de Silvio Almeida começou antes da posse, já indicados ministros.
PSB avalia lançar Alckmin contra Tarcísio em SP
A depender das costuras para 2026, Geraldo Alckmin pode ser lançado pelo PSB para disputar o governo de São Paulo, em 2026. Partidos de esquerda querem conter o “avanço conservador” e a liderança crescente do bem avaliado governador Tarcísio de Freitas (Rep). Para que Alckmin não fique “na chuva”, caso seja derrotado, os socialistas pretendem garantir cadeira na Esplanada para o atual vice-presidente em eventual quarto mandato de Lula, o que não deve ser problema para o petista.
Tomou taca
A última vez em que o partido tentou o executivo paulista foi em 2018, com Márcio França, que perdeu para João Dória (PSDB).
Dívida de 2022
O PSB tem crédito com Lula em São Paulo. Rifou Márcio França, hoje conhecido maldosamente como microministro, por Fernando Haddad.
Histórico
Ainda que Tarcísio dispute o Planalto, o PSB acredita que Alckmin, que já foi deputado e governador de São Paulo, puxa votos contra a direita.
Lorotas na berlinda
A Comissão de Agricultura da Câmara fará audiência pública para terça-feira (5), para discutir o beiço do governo Lula a agricultores gaúchos, ainda sem renegociação ou acesso a linha de crédito sete meses após a tragédia que destruiu grande parte da atividade econômica do Estado.
Por que parou?
Gustavo Gayer (PL-GO) arrochou o ministro Vinícius Carvalho (CGU) para explicar redução em operações de combate à corrupção. A média de 66 operações ao ano na gestão anterior despencou para 33 em 2024.
Nazistas no Líbano
Após operação militar, a Força de Defesa de Israel (IDF) revelou ter encontrado parafernália nazista em casas civis exploradas pelo grupo terrorista Hezbollah no Sul do Líbano.
Termômetro
Até a última sexta-feira (1º), Donald Trump liderava por 1% em média em cinco estados-pêndulo da eleição americana. Nas casas de apostas, o candidato republicano caiu, mas ainda tinha 60% de chances de vitória.
Guerra diferente
Em entrevista ao podcast Joe Rogan, com a maior audiência do mundo, o candidato republicano a vice-presidente, senador JD Vance, revelou que seu celular foi invadido por hackers chineses.
Data de validade
A rede social TikTok será oficialmente banida em todos os Estados Unidos a partir do próximo dia 19 de janeiro, um dia antes da posse do próximo presidente americano.
G20 lacração
O Congresso sedia a cúpula de presidentes dos parlamentos dos países do G20. O primeiro evento é “Promovendo a justiça climática e o desenvolvimento sustentável sob a perspectiva de gênero e raça”.
Contagem regressiva
A partir desta segunda (4) faltam só 33 dias úteis até o início do recesso judiciário. No Congresso, o prazo para o recesso parlamentar seria o mesmo, mas deputados e senadores devem começar as férias antes.
Pensando bem…
…na Praça dos Três Poderes o ano já está acabando.
PODER SEM PUDOR
Grana é a solução
Ao assumir o governo de Minas Gerais, em 1947, Milton Campos soube pelo seu chefe de gabinete que os funcionários estaduais em Juiz de Fora decretaram greve, reclamando de salários em atraso, e até ameaçavam destruir as repartições. O assessor queria instruções:
– Devemos enviar um vagão cheio de soldados, governador?
Milton Campos respondeu:
– Em vez de soldados, vamos mandar um vagão com dinheiro.
Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos
Instagram: @diáriodopoder
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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