A sociedade moderna encontra-se, sem dúvida alguma, na mira de uma campanha global de sexualização embutida também no processo de doutrinação ideológica. Princípios e valores que antigamente eram defendidos hoje são rejeitados, e com isso as novas gerações estão embolsando como legado moral uma sociedade oca e sem algum pudor. Essa avassaladora onda de desmoralização, além da exacerbada exposição nos veículos de comunicação, atinge as escolas de todo o país. Educadores, ao invés de se aterem a assuntos pertinentes ao currículo escolar, impõem, por meio de uma educação mascarada, temas pertencentes a correntes ideológicas e políticas nas quais acreditam.
A educação sexual nas escolas abordava a introdução de manifestações naturais que emergem individualmente e também a partir do relacionamento humano, mas atualmente é usada também como plataforma para a erotização precoce. Esse acontecimento é muito pertinente para alguns partidos, que usam dessa manobra para angariar novos seguidores.
O ensino de qualidade deve ser a prioridade nas escolas, ainda mais na atual conjuntura em que vivemos. Projetos importantes como Escola sem Partido, por exemplo, são vitais para que nossas crianças aprendam a pensar por si próprias, questionando e não aceitando verdades impostas nem situações que são abordadas como forma de manipulação. Se antes estávamos preocupados com professores bombardeando o sistema capitalista, hoje os vemos entrar na mente de nossas crianças por meio de suas opções sexuais, atitudes e valores.
Essa abordagem do tema desperta a sexualidade na criança muito cedo, o que pode trazer uma série de prejuízos ao seu desenvolvimento saudável e orgânico. Essa construção é feita gradativamente com o conhecimento adquirido ao longo da vida com a ajuda da família, e obviamente não cabe ao professor acelerar esse processo.
Nina Mazzali é empresária e associada do IEE