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Política Integrantes do partido de Bolsonaro culpam o ex-presidente por perdas de aliados para o PT nas eleições municipais

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O nome de Jair Bolsonaro é citado 643 vezes no documento da PF. (Foto: Agência Brasil)

A irritação entre correligionários do Partido Liberal (PL) com Jair Bolsonaro aumentou nos últimos dias. O foco da irritação é a ordem no partido que vetou coligações com legendas de esquerda.

Com isso, aumentou a pressão sobre o presidente da legenda, Valdemar Costa Neto, para que convença o ex-presidente a liberar alianças com siglas como PDT e PSB e manter o veto apenas às federações envolvendo PT e PSOL. O problema é que Valdemar segue proibido de ter contato com Bolsonaro por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) e não tem meios de abordar o assunto com o capitão reformado.

Integrantes do PL têm reclamado nos bastidores sobre o posicionamento adotado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro de proibir, nos municípios, coligações com partidos ligados à esquerda, como PSB e PDT.

Em 31 de julho, o PL baixou uma resolução proibindo a união de candidatos a prefeito da sigla com partidos de esquerda principalmente o PT. A norma abrange tanto a agremiação do presidente Lula, quanto a Rede, PSOL, PcdoB, PDT e PSB. “Basta ver o que está acontecendo na Venezuela, e quais partidos brasileiros estão se manifestando favoráveis àquele regime ditatorial”, informou o partido na nota oficial.

Nas críticas de lideranças do PL, eles afirmam que “Bolsonaro não entende de política” e “faz o movimento errado” que atrapalha a legenda e seus candidatos. O maior temor no PL é que membros do PSB e PDT aliados ao partido do ex-presidente em cidades do interior passem a apoiar o PT, se forem rifadas das coligações.

Foi isso o que houve em Nova Iguaçu (RJ), na semana passada. Para agradar Bolsonaro, o PDT foi rifado da coligação do PL, que apoia a candidatura de Dudu Reina, do PP. Com isso, o PDT mudou de lado e passou a apoiar o petista Tuninho da Padaria. O movimento fez com que os 22 candidatos a vereadores do PDT em Nova Iguaçu, que antes trabalhavam para a coligação de Bolsonaro, passassem a atuar para os petistas.

Apoio

Em algumas cidades, Bolsonaro irá privilegiar os candidatos mais alinhados aos valores que o elegeram em 2018, independentemente da filiação partidária.

Esse é o caso de Guarulhos (SP), onde o ex-presidente preferiu apoiar a candidatura do deputado estadual Jorge Wilson, o “Xerife do Consumidor”, do Republicanos, enquanto Valdemar apoia o vereador Lucas Sanches, do PL.

A situação se repete em Ilhabela (SP), onde Valdemar lançou como candidato Toninho Colucci, do PL, mas Bolsonaro decidiu apoiar a candidata do Podemos, Diana Almeida Matarazzo, vereadora apadrinhada por Renato Bolsonaro (PL), irmão do ex-presidente.

Em Búzios (RJ), o PL lançou o vereador Rafael Aguiar como candidato a prefeito, mas a família Bolsonaro estará no palanque de Alexandre Martins, do Republicanos.

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