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Tecnologia Inteligência artificial: em 2025, desafios serão proporcionar lucro e manter ritmo de expansão

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Novo ano deve colocar tecnologia à prova, com maior pressão para as empresas do setor sobre o retorno dos investimentos. (Foto: Freepik)

O avanço da inteligência artificial generativa no último ano pavimentou um caminho de expectativas divididas para 2025. A tecnologia deve estar ainda mais presente em celulares, notebooks e aplicativos, enquanto os chamados “agentes de IA” prometem realizar tarefas de forma autônoma.

Por outro lado, deve aumentar a pressão para as empresas do setor, com cobranças sobre o retorno dos investimentos e sobre os limites técnicos e éticos do avanço da tecnologia.

Para especialistas, este ano a IA será colocada à prova. Muitas promessas não foram cumpridas da forma como foram vendidas, avalia o professor da PUC-SP, Diogo Cortiz, que prevê “um ano de ajustes”.

Estão no radar ainda os avanços da China na tecnologia, a aposta da Nvidia para os robôs humanoides alimentados por IA e as dúvidas sobre o modelo de negócios da OpenAI.

Uma das questões é como ficará uma das empresas mais poderosas da indústria de IA. No fim de 2024, a criadora do ChatGPT divulgou documento em que detalhava planos para mudanças em sua estrutura societária.

Pensada inicialmente como uma organização voltada para pesquisas, atualmente avaliada em US$ 157 bilhões, a OpenAI informou que pretende criar uma divisão voltada para lucro, com ações ordinárias, e uma outra sem fins lucrativos.

Essa mudança deve atrair mais investidores e acelerar o desenvolvimento de novas tecnologias. A reorganização vem em meio à pressão por resultados financeiros e um objetivo ambicioso: saltar de 300 milhões de usuários ativos por semana para 1 bilhão, segundo o CEO Sam Altman.

Cumprir essas “resoluções de ano novo”, no entanto, não será simples. A OpenAI ainda deve enfrentar o crescimento de rivais como Anthropic e Google. E terá de responder a questionamentos legais — Elon Musk entrou na Justiça para contestar a mudança societária da empresa — e lidar com tensões com a Microsoft, sua principal investidora.

Para Monica Magalhães, especialista em inovação da Agência Disrupta, a reestruturação da OpenAI é um meio para a empresa acelerar os investimentos na criação de uma AGI — sigla em inglês para inteligência artificial geral, uma IA com capacidades similares às de humanos. Nessa disputa, ressalta, o Google ganhou espaço em 2024:

“A OpenAI provavelmente entendeu que precisará de mais dinheiro para chegar primeiro à AGI e que o apoio da Microsoft não será suficiente.”

Agentes

Os “agentes” devem ser expandidos em 2025, avaliam pesquisadores. Os sistemas de IA que realizam tarefas autônomas são uma aposta do setor para ampliar ganhos de produtividade e aumentar a base de usuários dos serviços. Diferentemente de um bot, que responde a solicitações, os agentes podem ser programados para realizar tarefas de forma independente, além de interagirem com sistemas externos e com outras IAs.

A OpenAI, segundo a Bloomberg, deve lançar este ano um agente capaz de controlar computadores. O sistema será semelhante ao Claude 3.5, da Anthropic, surgido em 2024, que é capaz de acessar sites, analisar documentos, automatizar o preenchimento de cadastros e gerenciar compromissos.

O Google, que vende para empresas sistemas que podem construir agentes para tarefas corporativas, também trabalha em uma IA no Chrome que poderá fazer compras on-line, reservas em hotéis e buscas. Na Microsoft, os agentes estão disponíveis para assinantes do serviço do Copilot, em ferramentas como Outlook e Teams.

Na avaliação de Cortiz e do especialista em Tecnologia e Inovação Arthur Igreja, os agentes devem ser o grande foco da indústria este ano. Mas fazem um alerta:

“As empresas precisarão ter muito cuidado com o tema da alucinação, ou seja, a IA pode parecer convincente, articulada, mas pode estar inventando, criando algo absurdo, o que pode causar danos de imagem, reputacionais e operacionais para as empresas”, diz Igreja.

Para o professor da PUC-SP, esse é um tema que ainda precisa ser mais debatido, em um momento em que a IA generativa tem integrado sistemas de celulares, redes sociais e aplicativos:

“É possível mitigar as alucinações, mas não eliminá-las completamente. Isso traz desafios enormes de segurança e governança.”

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