Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 14 de novembro de 2024
Uma equipe da inteligência da Polícia Federal foi destacada para investigar as explosões que ocorreram na noite dessa quarta-feira (13) em Brasília. Segundo fonte ligada à investigação, os peritos estão atrás de quem forneceu os artefatos explosivos para Francisco Wanderley, 59 anos, autor do ataque que morreu após uma explosão provocada por ele mesmo na frente do STF.
Peritos e delegados passaram a madrugada trabalhando no caso em cooperação com a polícia do Distrito Federal e da Polícia Judiciária. Segundo essa fonte, os agentes estão “virando do avesso o passado e o presente” de Francisco Wanderley.
Computadores, celulares, redes sociais, histórico de viagens e contatos são investigados. Objetivo é entender e descobrir se o homem agiu sozinho ou se tem mais alguém envolvido no planejamento, na execução ou até mesmo na mentoria do ato considerado terrorista pela Polícia Federal.
Parentes de Francisco e pessoas mais próximas estão sendo convocadas para depor.
Matar ministro
A ex-mulher de Francisco Wanderlei Luiz disse a agentes da Polícia Federal que ele “queria matar o ministro Alexandre de Moraes e quem mais estivesse junto na hora do atentado”.
As informações foram registradas informalmente pela PF e ela está sendo conduzida à delegacia para formalizar todas as declarações em depoimento formal.
Daiane, a ex-companheira do autor do atentado, disse ainda aos agentes da PF em Santa Catarina que o Francisco Wanderley chegou a fazer e compartilhar pesquisas no Google para planejar o atentado que executou ontem.
O criminoso fazia parte de grupos radicais — e a PF investiga os laços dele com outras pessoas.
Um vídeo de uma câmera de segurança mostra o momento em que Francisco Wanderley se aproxima do Supremo Tribunal Federal (STF) com artefatos explosivos na noite de quarta-feira (13). Ele morreu após uma série de explosões na Praça dos Três Poderes.
As imagens mostram o homem se aproximando da estátua da Justiça e jogando algo no monumento. Imediatamente, um segurança da Polícia Judiciária se aproxima e faz uma abordagem. Francisco, então, recua e lança artefatos explosivos em direção ao STF.
Na sequência, ele acende um novo artefato que explode com ele. Mais agentes do STF se aproximam e, na sequência, Francisco Wanderley aparece deitado no chão. Ele morreu em decorrência das explosões.
A Polícia Militar do Distrito Federal fez uma varredura, na manhã desta quinta-feira (14), em frente ao STF. O Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) desativou artefatos explosivos encontrados ao redor da praça.
Os militares encontraram:
– um relógio com contagem regressiva no corpo de Francisco Wanderley;
– dois artefatos explosivos no cinto do homem;
– um artefato explosivo próximo ao corpo;
– um extintor de incêndio adaptado para explosão próximo ao corpo.
Além das explosões em frente ao STF, momentos antes, outras explosões aconteceram em um carro que estava no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados. O carro está no nome de Francisco, segundo o delegado-geral de Santa Catarina Ulisses Gabriel. As informações são do portal de notícias G1.