Segunda-feira, 18 de novembro de 2024
Por Cláudio Humberto | 17 de outubro de 2022
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Impedida de investigar empresas de pesquisas pelo ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a Polícia Federal não poderá ajudar a desvendar o misterioso interesse de bancos e corretoras de investimentos na contratação de pesquisas eleitorais. Gastam milhões. Isso tem despertado suspeitas de experientes parlamentares como o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), convencido de que se trata de “um negócio bilionário”.
Suspeita sólida
Ricardo Barros acha que pesquisas eleitorais podem ter sido usadas para influenciar votos e também para afetar o comportamento da Bolsa.
Olha a dinheirama
A corretora e banco Genial gastou com a novata Quaest quase R$2,6 milhões (R$2.585.831,61) somente em setembro e outubro.
Pesquisa para quê?
O banco de investimentos BTG Pactual, cujo dono é ligado a Lula, pagou R$1 milhão (R$1.031.662,64) à empresa FSB por pesquisas eleitorais.
Dinheiro não falta
A XP Investimentos gastou R$168 mil com duas pesquisas do Ipespe e o Banco Modal R$907 mil por 14 pesquisas da Futura Inteligência.
Ministros do STJ se sentiram afrontados por Lula
Ministros integrantes do Superior Tribunal de Justiça se consideraram afrontados pela atitude do ex-presidente Lula (PT), que em visita a Maceió fazia elogios ao aliado Paulo Dantas (MDB), o governador acusado de corrupção, no exato momento em que a Corte Especial do STJ confirmava por esmagadora maioria o afastamento do político de suas funções. As declarações de Lula, ao lado de políticos de má fama no Estado, ligaram o alerta no tribunal sobre riscos institucionais.
Insultos covardes
A afronta ao STJ começou antes, quando a ministra Laurita Vaz passou a ser covardemente insultada por haver afastado o governador do cargo.
Saques criminosos
Paulo Dantas é acusado de se beneficiar de um esqueça corrupto que furtou R$54 milhões dos cofres públicos por meio de saques criminosos.
Quadrilha do cartão
Ele é responsabilizado pela nomeação de 93 pessoas cujos salários de mais de R$15 mil eram sacados por cúmplices usando cartões de débito.
Lista cresce
O número de brasileiros que enfiaram a mão no bolso e doaram mais de R$1 milhão para campanhas chegou a 53. O campeão ainda é o bilionário das distribuidoras Rubens Ometto, com R$8,7 milhões.
Pulo de ponta
Romeu Zema (Novo) exigiu empenho total “nesses próximos 15 dias” para ajudar Bolsonaro em Minas. Segundo ele, não adianta fazer no Estado “um governo bom se o Brasil não estiver funcionando bem”.
Humor ainda pode
Vídeo com decolagem de avião da Azul, com pintura da bandeira do Brasil, viralizou com postagens de parlamentares. Um dos comentários dizia ser uma surpresa ainda não ter sido proibido pelo TSE de voar.
Guedes desapega?
Caso reeleito, Bolsonaro (PL) prometeu recriar o Ministério da Indústria, que primeiro foi estabelecido por Juscelino Kubitschek, em 1960. Atualmente está sob a responsabilidade Paulo Guedes, na Economia.
Jovens não lembram
Completa 49 anos nesta segunda-feira (17) o embargo do petróleo imposto pela OPEP contra países que eles julgavam ter ajudado Israel na Guerra do Yom Kipur, inaugurando a crise do petróleo de 1973.
Ao que interessa
Enquanto o interesse do brasileiro pelas eleições voltou a baixar no Google Trends, ferramenta que mede a “temperatura” das buscas na internet, o Brasil é o terceiro país mais interessado na Copa do Mundo de 2022, atrás apenas da sede Catar, e da (falida) Argentina.
Propaganda teve ministro
A presidente impichada Dilma Rousseff (PT) chegou a ter 39 ministérios oficiais, fatiando praticamente todo o governo para obter apoio político. E ainda tinha o 40º ministro (não-oficial) da Propaganda, João Santana.
Em números
O frio começou a chegar ao hemisfério norte e países elogiados pelo combate à covid, diferente do Brasil, como EUA, Reino Unido, Itália e França já estão com média de mortes até cinco vezes maior.
Pergunta na Corte
Mentira de debate é liberdade de expressão?
PODER SEM PUDOR
Microfone indiscreto
Francelino Pereira governava Minas Gerais e, ao inaugurar energia no interior, convidou dois deputados da região, Israel Pinheiro Filho e Humberto Souto, que mais tarde virou ministro do TCU. Em Tocandira, Israel se empolgou, lembrando em discurso que era filho e neto de governadores e foi muito aplaudido. Ao chegar sua vez, Souto disse que não era filho nem neto de governadores, mas, “filho da região”, sentindo-se em casa “no meio desse povo sofrido”. Foi ainda mais aplaudido. Enciumado, Israel comentou com Francelino: “Ele é filho da p(*)!, né, governador?” O microfone estava ligado, Souto, um homem de bem, quase teve um enfarte e a multidão explodiu numa sonora gargalhada.
Com André Brito e Tiago Vasconcelos
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
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