Domingo, 17 de novembro de 2024
Por Cláudio Humberto | 1 de fevereiro de 2023
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A campanha de Rogério Marinho (PL-RN) mobiliza internautas nos Estados para pressionarem os respectivos senadores a abrirem o voto publicamente. Os apoiadores do candidato de oposição acreditam que, se a pressão funcionar, senadores favoráveis a Rodrigo Pacheco (PSD-MG) na votação secreta, mudarão de lado. A “tropa de choque” de Marinho mantém o “dedo no pulso” das redes, que foram fundamentais para a vitória de Davi Alcolumbre contra Renan Calheiros, em 2019.
Avalanche nas redes
A estratégia de Marinho é provocar uma avalanche de postagens “#PachecoNão!” e de pronunciamentos sem parar na tribuna do Senado.
Contra a justocracia
Consolida-se entre Senadores que Lula 3 é só um governo requentado, fragilizado no Congresso e sustentado por curiosa aliança com tribunais.
Senado se apequenou
Pacheco se posiciona como “governista”, mas parlamentares o criticam por “apequenar” o Senado, tornando-o subserviente ao STF.
Tancredo deu a dica
A fórmula se inspira em Tancredo Neves, cuja legitimidade buscou nas ruas, restringindo o adversário Paulo Maluf ao lobby do colégio eleitoral.
Câmara pode escolher 1º negro ministro do TCU
O deputado Jhonatan de Jesus, de Roraima, poderá ser o primeiro negro a assumir o cargo de ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), em votação confirmada para esta quinta (2) pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que apoia sua indicação. Filiado ao Republicanos, cuja bancada de 41 deputados deve ser decisiva na recondução de Lira, Jesus poderá ser o primeiro ministro terrivelmente evangélico no TCU.
Lobby barra pesada
O lobby não dá trégua a Jhonatan de Jesus, vasculhando sua vida e “plantado” notícias negativas para queimar sua indicação.
Ramalho na briga
O ex-deputado Fábio Ramalho (MG), famoso pelos ágapes oferecidos a colegas em noites de votação, também quer ser ministro do TCU.
Vaga de mulher
Como a vaga no TCU foi aberta com a aposentadoria de Ana Arraes, deputadas têm apoiado a colega Soraya Santos (PL-RJ) para o posto.
Equilíbrio de forças
Na avaliação do senador Wellington Fagundes (PL-MT), a vitória de Rogério Marinho, nesta quarta-feira (1º), para presidir o Senado, será a última oportunidade para “reequilibrar os poderes da República”.
Massagem golpista
A denúncia da PGR contra vândalos criminalizou até teatro de fantoches para entreter crianças, na vigília na porta do QG do Exército, e concluiu que massagens, comuns em shoppings e aeroportos, é coisa de golpista.
Gastança à toa
A proposta do ministro Flávio Dino (Justiça) de criar uma Guarda Nacional encontra oposição na Câmara. Augusto Coutinho (Rep-PE) diz ser “desnecessário gerar mais um custo ao Erário”.
Porteira aberta
O MDB tornou oficial ontem, terça (31), o apoio a reeleição de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para presidente do Senado Federal. Mas ao menos dois senadores do partido não vão votar no parlamentar mineiro.
Manda quem pode
A regra do rateio de comandos de comissões na Câmara considera o tamanho das bancadas partidárias para definir a ordem e quantidade de escolhas que partidos terão. Rede, por exemplo, não escolhe nada.
Sobra pra quem?
O PL de Jair Bolsonaro é o maior partido da Câmara dos Deputados e teria direito a presidir a Comissão de Constituição e Justiça, a mais importante da Casa. Mas o PT faz questão de comandar a CCJ.
Primeiro passo
A partir desta quarta-feira (1º), chega ao fim a intervenção federal sobre a segurança pública no Distrito Federal. É o primeiro passo para a volta do governador Ibaneis Rocha, que continua afastado do cargo pelo STF.
Nem o líder
Até o líder do PSD no Senado, Nelsinho Trad, avisou que não vai votar em Rodrigo Pacheco (MG), que é do seu partido, para presidente da Casa. “Reafirmando meu compromisso… votarei em Rogério Marinho”.
Pensando bem…
…a eleição de hoje no Senado é, na melhor das hipóteses, uma indireta.
PODER SEM PUDOR
Mentira cabeluda
No final de 1996, o deputado Álvaro Valle (RJ), chefe do PL, foi procurado pelo presidente da Câmara, Luiz Eduardo Magalhães, com o processo em que o deputado Wellington Fagundes (PL-MT) pedia ressarcimento de despesas com operação de hemorroidas nos EUA, no valor de US$ 40 mil. “Ele se operou? Eu não sabia…”, espantou-se Valle.
Álvaro Valle, que era sério, foi investigar. Descobriu que Fagundes fizera implante de cabelos, mas como a Câmara não restitui dinheiro gasto com esse tipo de tratamento, inventou a história das hemorroidas.
Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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