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Bruno Laux Intervenção federal

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretou neste domingo estado de intervenção federal até o próximo dia 31 de janeiro no Distrito Federal. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretou neste domingo estado de intervenção federal até o próximo dia 31 de janeiro no Distrito Federal. O decreto surge em resposta aos atos antidemocráticos realizados em Brasília neste domingo, com o objetivo de recuperar a ordem pública, localizar e punir os responsáveis.

Capitólio à brasileira

Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram e depredaram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o STF na tarde de ontem. O caso se assemelha à invasão do Capitólio em 2021, nos Estados Unidos, realizada por apoiadores do ex-presidente estadunidense Donald Trump após sua derrota nas eleições.

Manifestações

Mesmo com a autorização do ministro da Justiça, Flávio Dino, para o uso da Força Nacional em manter a ordem pública e segurança patrimonial em Brasília, mais de 100 ônibus lotados de pessoas de diversas regiões do país estiveram se somando aos já presentes em frente ao QG do Exército, seguindo posteriormente para o ato da invasão.

Ação policial

Apesar de haverem registros de confrontos contra a polícia, algumas fontes que estiveram no local relataram a facilitação dos agentes da lei para a entrada dos manifestantes nos edifícios invadidos. De acordo com os relatos, alguns policiais estariam utilizando pouca força de contenção e até mesmo tirando fotos e bebendo água de coco junto dos participantes do ato.

Devastação

Ao furarem o bloqueio dos policiais, os invasores adentraram os edifícios dos Três Poderes, deixando um rastro de devastação por onde passavam. Estruturas destruídas, móveis e adornos levados para fora, além de furto de objetos pertencentes à União fizeram parte da ação dos terroristas, os quais jogaram pela janela até mesmo o Brasão da República, antes localizado no prédio do STF.

Tentativa de incêndio

Houve até mesmo tentativas de ateamento de fogo ao Congresso e outros prédios da Esplanada dos Ministérios. O tradicional Salão Verde, da Câmara dos Deputados, ficou inundado após mecanismos de combate à incêndio serem acionados graças aos focos de fogo iniciados pelos golpistas.

Porta arrancada

Dentre as depredações ocorridas durante a manifestação, a retirada à força da porta da sala de Alexandre de Moraes, dentro do prédio do STF, chamou atenção nas redes sociais. O ministro do Supremo Tribunal Federal do Brasil é acusado por bolsonaristas de ter contribuído com a eleição de Lula.

Ataques terroristas

Alexandre de Moraes declarou que os atos os quais descreve como “desprezíveis ataques terroristas” serão responsabilizados, havendo o julgamento de não somente dos presentes, como também de financiadores, instigadores e agentes públicos que continuam na ilícita conduta de fomentar tais ações.

Violência

Além dos danos materiais, atos de violência física também puderam ser observados durante a invasão. Policiais da cavalaria foram derrubados, transeuntes que se opunham aos atos golpistas foram atacados e até mesmo repórteres que cobriam o ocorrido foram agredidos e tiveram seus equipamentos destruídos.

Minoria violenta

O ministro-chefe da secretaria federal de Comunicação, Paulo Pimenta, classificou o episódio como uma manifestação golpista de uma “minoria violenta”. Pimenta destacou ainda que a maioria do país neste momento quer paz e união, e que os golpistas serão tratados com o rigor da lei.

Atenção ao digital

A pedido de Pimenta, a Secretaria de Comunicação com apoio da Advocacia-geral da União e Ministério da Justiça, entrou em contato com plataformas digitais, visando impedir a monetização de publicações que incitem ao golpismo e identificar os responsáveis pela sua veiculação.

Exonerado

Ao ser acusado de empregar efetivo insuficiente para reprimir os atentados ocorridos, o ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, Anderson Torres, foi exonerado do cargo de secretário de Segurança Pública do DF pelo governador Ibaneis Rocha. Além disso, a Advocacia-geral da União solicitou ao STF o pedido de prisão de Torres, assim como o de todos os envolvidos em invasões a prédios públicos na ocasião.

Desculpas

Ibaneis gravou um vídeo horas após o início do ato golpista, pedindo desculpas ao presidente Lula pela invasão às sedes dos três poderes. Além do chefe do executivo, Ibaneis também dirige suas escusas aos presidentes da Câmara e do Senado, respectivamente, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, e à presidente do STF, Rosa Weber.

Pedido negado

Lula não aceitou o pedido de desculpas, dizendo que o governador do DF possuía informações que poderiam indicar o planejamento dos atos, e que o caso não se trata de uma simples falha de segurança.

Continua…

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Pela democracia e por justiça
https://www.osul.com.br/intervencao-federal/ Intervenção federal 2023-01-09
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