Segunda-feira, 28 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 25 de julho de 2016
Muitos casais percebem que o desejo sexual diminuiu bastante ao longo dos anos. Mas pesquisas científicas indicam que existem, sim, maneiras de reacender a “chama da paixão”. Em um estudo publicado no Journal of Personality and Social Psychology, pesquisadores resolveram investigar se o excesso de intimidade, a longo prazo, poderia mesmo inibir, em vez de aumentar, o desejo, como muita gente acredita.
Para isso, a equipe, da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, convidou cem casais a manterem um diário durante seis semanas. Cada um tinha que relatar seu nível de desejo sexual a cada dia, bem como sua percepção sobre a receptividade do parceiro.
Os pesquisadores perceberam que, quando homens e mulheres percebem que seus parceiros são receptivos, ou se interessam pelo seu bem-estar e demonstram isso, eles se sentem valorizados, o que acaba impulsionando o desejo (especialmente o feminino).
Como receptividade não existe sem intimidade, os autores concluem que os benefícios se sobrepõem aos prejuízos. E que a intimidade pode ser muito mais importante para manter o desejo de um casal do que fazer pirotecnias durante o sexo.
Intimidade torna casais parecidos.
Todos nós conhecemos algumas pessoas que, depois de se casarem ou namorarem por algum tempo, ficaram parecidas com seus pares. Isso ocorre porque dividir a vida com alguém que se ama é uma experiência realmente intensa, e é bastante comum que pessoas que estejam juntas há algum tempo comecem a pensar de maneira parecida, fazendo parte de um processo chamado “mente compartilhada”, que define a sintonia do casal. Conheça características cientificamente comprovadas de casais que dividem características relacionadas à própria mente.
Linguagem própria.
Essa é fácil de reconhecer: se aquelas mensagens trocadas entre você e a pessoa amada são compreendidas apenas por vocês dois, já é bom indicativo. Ter uma comunicação diferente com determinada pessoa é um dos primeiros sinais de que suas mentes estão sincronizadas.
Fim da autocensura.
Em situações sociais comuns, com amigos, familiares e colegas de trabalho, tendemos a filtrar o que dizemos, por uma questão de adequação social. Diante de um parceiro romântico, no entanto, a tendência é falar e agir natural e espontaneamente.
Vocês ficam fisicamente parecidos.
Em sua famosa pesquisa, publicada em 1987, o psicólogo Robert Zajonc concluiu que integrantes de um casal ficam parecidos um com o outro, com o passar do tempo, porque os dois usam os mesmos músculos frequentemente e, pouco a pouco, começam a se espelhar um no outro. Em psicologia, isso é chamado de estrutura cognitiva compartilhada.
Vocês falam de forma parecida.
Como tudo vai virando um pouco mais do mesmo, até o ritmo da fala das duas pessoas apaixonadas pode ficar sincronizado. Para a psicologia, isso é chamado de “contágio emocional”, que é o que acontece quando pessoas ficam muito tempo juntas e começam a sincronizar padrões de discurso.