Quarta-feira, 05 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 24 de fevereiro de 2023
A guerra na Ucrânia, que começou há um ano e não deve acabar tão cedo, matou milhares, reduziu cidades inteiras a escombros, fez milhões de refugiados e alimentou temores de uma nova guerra mundial envolvendo armas nucleares da Rússia e dos Estados Unidos.
A invasão, que começou com bombardeios constantes e rápido avanço de tropas russas, passou por um período de estagnação, uma contraofensiva das tropas da Ucrânia e ataques a infraestrutura energética.
Veja as quatro diferentes fases da guerra:
1ª fase
2ª fase
3ª fase
4ª fase
Próxima fase
Ajuda financeira
Apesar de a Ucrânia não fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), os países membros estão entre os principais apoiadores na luta do país contra a Rússia.
Liderados pelos Estados Unidos, os países da Otan possuem um acordo de que “o ataque contra um é um ataque contra todos”. No caso da Guerra na Ucrânia, a ajuda é de forma indireta, fornecendo armamentos, munição, informação e apoio humanitário, já que o país não é membro.
Parte da ajuda foi oferecida como doação, mas a maioria é na forma de empréstimos e financiamentos, que deverão ser pagos pela Ucrânia no futuro.
Por exemplo, um pacote de apoio da Comissão Europeia de 18 bilhões de euros deverá ser pago em 35 anos, a começar em 2033. Só que o principal objetivo desse fundo é que a Ucrânia consiga continuar pagando empréstimos já existentes, como a dívida que ela tem com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Seria uma forma de adiar e diluir o pagamento da dívida.
O dinheiro oferecido pelos Estados Unidos também terá que ser pago após a guerra, mas isso pode ser feito ao contratar empresas americanas para reconstruir a Ucrânia. Inclusive esse é o método preferido pelo governo americano, semelhante a acordos que foram feitos com países europeus após a 2ª Guerra Mundial.
Refugiados
Como consequência da guerra, cerca de 35% dos ucranianos tiveram que deixar suas casas, sendo que 20% estão fora do país. Segundo a ONU, esse é um dos maiores deslocamentos humanitários do mundo hoje.
Apenas 13% dos 8 milhões de refugiados disseram que pretendem voltar para a Ucrânia nos próximos 3 meses, segundo uma pesquisa da ONU. Sendo que 33% pretendem fixar moradia nos países que os receberam.
Somam-se a esses números os deslocados internos. São aquelas pessoas que tiveram que sair de suas casas, mas não deixaram o país. Os ‘refugiados’ ucranianos que continuaram dentro da Ucrânia. A ONU registrou 6,8 milhões de deslocados na sua mais recente contagem.