Considerando mais de R$ 800 milhões em investimentos estrangeiros retirados do Brasil no fim de maio, já somam mais de R$ 35 bilhões a “lipoaspiração” da B3, a bolsa de valores, entre janeiro e maio. Os analistas atribuem a fuga de investimentos a decisões do governo Lula (PT) deixando claro que não promovera equilíbrio fiscal e também à oferta de oportunidades de investimentos nas bolsas americanas. Só de janeiro e março, vazaram para o exterior cerca de R$ 20 bilhões.
É tendência
Estudo da consultoria britânica Henley & Partners estima que o Brasil perdeu 1.200 milionários (em dólares) somente no ano de 2023.
Reversão
Desde o ano passado, os próprios brasileiros engrossaram o movimento de mandar seu dinheiro para fora do País.
Resultado ruim
Em 2023, a B3 cresceu 22%, mas até agora, este ano, já lamenta mais de 8% de perdas. Oficialmente, é a pior bolsa de valores do planeta.
Migalhas
Apesar de perder quase 4% do valor ontem, as ações da Petrobras, que ditam o ritmo da Bolsa no Brasil, ainda estão em alta de 2% este ano.
Idec aponta suspeição de conselheiro da Anatel
O Instituto de Defesa do Consumir (Idec) ingressou com representação pedindo a declaração de suspeição de Alexandre Freire, conselheiro da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que apresentou pedido de vista que na prática dá força ao pedido das gigantes de telefonia celular contra os consumidores. As empresas Tim, Vivo, Oi e Claro pressionam a Anatel para anular dispositivos do Regulamento Geral de Direitos do Consumidor de Serviços de Telecomunicações (RGC).
Conflito de interesses
O pedido de vista se baseia no parecer de Ricardo Campos, amigo do conselheiro, que não poderia ser usado como fonte de referência.
Conflito de interesses II
O Idec destaca que o parecerista Ricardo Campos “representa os interesses das empresas envolvidas”
Estreita ligação
O Idec mostrou na representação artigos publicados por Freire e seu amigo Ricardo Campos, atestando a estreita ligação da dupla.
Caroço no angu
Presidente da Comissão de Agricultura da Câmara, Evair de Mello (PP-ES) desconfia da insistência do governo Lula de importar arroz sem a menor necessidade. Ele suspeita até de eventuais desvios de verbas.
Azedou
Não é dos melhores o clima entre os deputados petistas Zeca Dirceu (PR) e Gleisi Hoffmann (PR). Zeca pretendia disputar a prefeitura de Curitiba, mas o PT, presidido por Gleisi, deve apoiar o PSB.
Você decide
Não se sabe ao certo o vexame maior: o Tribunal Superior Eleitoral inspirar confiança no ditador Nicolás Maduro, a ponto de ser convidado a testemunhar a “eleição” venezuelana, ou a corte recusar o convite.
Caçada
Sérgio Moro (União-PR) enfrenta mais uma pendenga judicial. Desta vez, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidirá se aceita denúncia contra o senador por “calúnia” contra o ministro Gilmar Mendes.
Reintegração a jato
A deputada Caroline de Toni (PL-SC) colocou na pauta de hoje (4) da CCJ projeto que agiliza desocupação de terras invadidas. O texto autoriza uso da força policial independentemente de ordem judicial.
Como vencer eleição
Os jornalistas Luciano Suassuna e Wilson Pedroso Jr lançam em Brasília um livro necessário: “Vencer a eleição”, manual definitivo de “como construir uma campanha competitiva, do planejamento à vitória”. Será nesta terça, à noite, no restaurante Fuego Y Vino, localizado na 112 Sul.
Jargão e semântica
O assassinato do brasileiro Michel Nisenbaum na Faixa de Gaza virou “falecimento” na primeira fala pública de Lula (PT) sobre o caso. O grupo terrorista Hamas e “terrorismo” nem sequer foram mencionados, claro.
Praticamente reeleito
O presidente López Obrador liderou o massacre nas eleições mexicanas: sua candidata Claudia Sheinbaum fez 60% dos votos e a maioria folgada no Legislativo. Obrador não é Lula e nem Claudia é Dilma, sorte dos mexicanos, mas é ele quem mandará como o petista jamais conseguiu.
Pensando bem…
… não precisa de observadores eleição ultra transparente e de extrema transparência, como a venezuelana.
PODER SEM PUDOR
Encarando provocador
Jânio Quadros, que renunciou à presidência da República após sete meses no cargo, fazia campanha para o governo paulista, em 1982, quando ouviu gritar um mendigo, com um toco de cigarro pendurado nos lábios: “Fujão! Fujão! Fujão!”. Jânio tentou ignorar, mas, ao descer do palanque, lá estava o provocador: “Fujaããão!” Jânio olhou-o fixamente e partiu em sua direção, resoluto. Temia-se uma agressão física do ex-presidente. Ele parou diante do mendigo, que se calou, paralisado e com medo. Jânio, num golpe rápido, ao invés de um soco, retirou o toco de cigarro dos lábios provocadores, colocou-o na própria boca e foi embora.
Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos