Terça-feira, 29 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 21 de dezembro de 2015
Na crescente investigação da Justiça americana sobre um esquema de suborno na Fifa (entidade máxima do futebol), os acusados são executivos de marketing e autoridades do futebol da América do Sul e Central. Mas um capítulo importante no desenvolvimento do esquema ocorreu nos tribunais dos Estados Unidos, onde vários dos supostos conspiradores recorreram aos serviços dos melhores e mais caros advogados americanos, incluindo o ex-diretor jurídico da federação nacional de basquete dos Estados Unidos, a NBA.
O papel dos tribunais e advogados americanos, que não havia sido relatado antes, começou quando a empresa brasileira de marketing Traffic Sports entrou em uma disputa contratual com autoridades do futebol que ela é acusada de ter subornado, incluindo várias das figuras mais poderosas do esporte. O contrato entre eles determinava que as disputas legais seriam resolvidas em tribunais dos EUA. Em duas ocasiões, a Traffic abriu uma ação em uma corte estadual da Flórida, em Miami, contra certos parceiros comerciais.
A maior parte das evidências no processo criminal contra a Fifa vem do depoimento do fundador da Traffic, o empresário José Hawilla, 72 anos, atualmente uma testemunha de peso dos promotores americanos. Hawilla se declarou culpado de extorsão e pagou mais de 25 milhões de dólares em restituições. (Matthew Futterman/The Wall Street Journal)