Domingo, 27 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 14 de março de 2016
Em depoimento prestado à PF (Polícia Federal) no aeroporto de Congonhas (SP), após ter sido alvo de um mandado de condução coercitiva na 24ª fase da Operação Lava-Jato, no dia 4 de março, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que optou por não comprar o triplex em Guarujá (SP) por considerá-lo inadequado para viver com a família e afirmou que a investigação contra ele é uma “sacanagem homérica”.
Lula chamou o imóvel de 215 metros quadrados de triplex “Minha Casa, Minha Vida”, por ser pequeno e ter escadas demais. O petista disse que afirmou ao ex-presidente e sócio da OAS Léo Pinheiro – a empreiteira assumiu a conclusão da obra após a Bancoop falir – que não ficaria com o apartamento. “Quando eu fui a primeira vez, eu disse ao Léo que o prédio era inadequado porque, além de ser pequeno, um triplex de 215 metros é um triplex ‘Minha Casa, Minha Vida’, era pequeno”, disse Lula sobre o imóvel.
A Lava-Jato apura se empreiteiras – entre elas a OAS – e o pecuarista José Carlos Bumlai favoreceram Lula por meio do apartamento e de um sítio em Atibaia (SP). O ex-presidente demonstrou irritação com as perguntas sobre o apartamento e voltou a chamar a investigação sobre o imóvel de “leviandade”.
Lula criticou a imprensa por, segundo ele, atribuir-lhe a propriedade do imóvel. “Eu acho que eu estou participando do caso mais complicado da história jurídica do Brasil, porque tenho um apartamento que não é meu, eu não paguei, estou querendo receber o dinheiro que eu paguei, um procurador disse que é meu, a revista Veja diz que é meu, a Folha [de São Paulo] diz que é meu, a Polícia Federal inventa a história do triplex, que foi uma sacanagem homérica”, afirmou o ex-presidente. (Folhapress)