Terça-feira, 29 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 28 de novembro de 2015
Preso por ordem do STF (Supremo Tribunal Federal) por tentar obstruir investigações, o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) se tornou a 37 pessoa com foro privilegiado a ser investigada pela Operação Lava-Jato, da PF (Polícia Federal).
A primeira prisão de um senador no exercício do cargo desde a redemocratização, em 1985, lançou luz sobre o que ainda poderá ser revelado na Lava-Jato sobre políticos suspeitos de participação no esquema de corrupção na Petrobras.
A depender das provas que chegam do exterior, a investigação poderá crescer, pois a teia da operação apenas começou a avançar sobre os políticos que têm direito a responder no STF aos indícios de crimes.
De acordo com o secretário de Cooperação Internacional do MPF (Ministério Público Federal), Vladimir Aras, os pedidos de cooperação internacional envolvendo investigados com foro privilegiado ainda estão no início – foram aproximadamente cinco até o momento. “Tem muita coisa ainda. Esses pedidos [de cooperação internacional] tendem a aumentar. A PGR [Procuradoria-Geral da República] está começando a fazer os primeiros pedidos”, comentou o procurador regional da República.
“Muita coisa se aproveita do que já veio [do exterior após pedidos feitos pela força-tarefa da operação em Curitiba, no Paraná], mas as investigações de foro que podem se desdobrar em investigações transnacionais estão começando agora. Isso sobre a parte que está em Brasília, e sem prejuízo da continuidade do caso em Curitiba”, completou Aras.