Segunda-feira, 25 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 27 de agosto de 2022
Uma espiã do Departamento Central de Inteligência (GRU) da Rússia GRU fingiu ser uma designer de joias latino-americana por uma década e, com o disfarce, conseguiu adentar o círculo social da Otan, a principal aliança militar ocidental, na cidade italiana de Nápoles. A descoberta foi feita pelo siite investigativo “Bellingcat”, com sede na Holanda, em parceria com vários meios de comunicação, incluindo “La Repubblica” (Itália) e “Der Spiegel” (Alemanha).
Uma equipe de investigadores, entretanto, descobriu que era um disfarce. De acordo com a investigação, a designer conhecida como Maria Adela Kuhfeldt Rivera, que dizia ser filha de pai alemão e mãe peruana e ter nascido nascida na cidade peruana de Callao, seria na verdade a agente Olga Kolobova, treinada para se passar por estrangeira – algo conhecido na comunidade de inteligência secreta como uma “ilegal”.
O investigador principal, Christo Grozev, CEO da Bellingcat, afirmou em uma entrevista que descobriu o rastro da espiã quando analisava um banco de dados vazado de pessoas que teriam passado pela fronteira de Belarus. Segundo ele, as publicação de artigos sobre os supostos envolvidos no ataque a Skripal e as identidades falsas usadas para viajar fizeram com que Rivera fosse sido retirada de cena por seus chefes, que temiam que outros agentes com números de passaportes semelhantes fossem comprometidos.