O Irã disparou cerca de 200 mísseis balísticos em direção ao território israelense nessa terça-feira (1º), no primeiro ataque direto após a escalada de tensão entre Israel e o Hezbollah – o grupo extremista, embora atue no Líbano, é financiado pelo regime iraniano.
Segundo o Irã, a investida foi uma retaliação, em razão das recentes mortes de chefes do Hezbollah no Líbano. Autoridades iranianas argumentaram ainda que qualquer contra-ataque resultará em uma “grande destruição” para Israel.
Já o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que o Irã cometeu um “grande erro” e irá pagar. Autoridades de Israel também prometeram vingança, com uma resposta “surpresa” e “precisa”.
O governo de Israel informou que duas pessoas ficaram feridas sem gravidade e que não houve registro de prédios ou residências atingidos.
A maior parte dos mísseis lançados pelo Irã atingiu Tel Aviv, onde houve uma série de explosões.
A população teve de se proteger em bunkers e abrigos por mais de uma hora, e o espaço aéreo chegou a ficar totalmente fechado, mas foi reaberto após o ataque.
Logo após o ataque, Benjamin Netanyahu disse que o ataque do Irã havia falhado e prometeu uma resposta. “O regime do Irã não entende nossa determinação de nos defender e nossa determinação de retaliar nossos inimigos”, afirmou. Já o governo iraniano argumentou que qualquer contra-ataque resultará em uma “grande destruição” para Israel.
A missão do Irã da ONU disse que, se Israel ousar atacar o território iraniano, uma resposta “subsequente e esmagadora” seria desencadeada.
Além disso, a mídia estatal iraniana afirmou que qualquer resposta de Israel resultaria em um “grande ataque” contra as infraestruturas israelenses.
Uma ação do Irã contra Israel era aguardada desde o fim de julho, quando Ismail Haniyeh, então chefe do Hamas, foi assassinado na capital do Irã. O governo iraniano responsabilizou as autoridades israelenses pela morte de Haniyeh e disse que a operação representava uma violação da soberania do país.
Nos últimos dias, o Irã voltou a prometer uma resposta à Israel pelas mortes de Hassan Nasrallah, chefe do grupo extremista Hezbollah, e de Abbas Nilforoushan, membro da cúpula da Guarda Revolucionária do Irã. Ambos foram mortos em bombardeios israelenses em Beirute, no Líbano.
O Irã é um importante aliado do Hezbollah, que é considerado grupo terrorista por Estados Unidos e Israel. O grupo extremista e os militares israelenses aumentaram as tensões nos últimos dias, que resultaram em trocas de ataques e bombardeios no Líbano, com mais de 1 mil mortes.
Na noite dessa terça-feira, pelo horário local, mísseis iranianos cruzaram os céus de Tel Aviv e Jerusalém, em Israel. As autoridades israelenses afirmaram que grande parte dos artefatos foi abatida. Além disso, o sistema de defesa Domo de Ferro operou para interceptar as ameaças iranianas.
Cerca de 20 minutos após uma primeira onda de mísseis, uma segunda leva de artefatos foi lançada. A agência de notícias estatal iraniana afirmou que alguns artefatos atingiram locais controlados por Israel no território palestino da Cisjordânia.
O governo do Irã disse que, após o envio de mísseis, o aiatolá Ali Khamenei – autoridade máxima do Irã – foi colocado em um local protegido e a salvo.
Bombardeios
Israel voltou a bombardear o Líbano horas após ser alvo do ataque de mísseis iraniano. Explosões foram reportadas em Beirute na madrugada desta quarta-feira (2), pelo horário local – noite dessa terça-feira (1º) no Brasil.
Segundo as Forças de Defesa de Israel, os bombardeios miram alvos do Hezbollah em Beirute. A agência de notícias Reuters disse que explosões foram ouvidas em uma área suburbana que fica no sul da capital libanesa. As informações são do portal de notícias G1.