Ícone do site Jornal O Sul

Irmã do ditador da Coreia do Norte manda presidente da Coreia do Sul “calar a boca” após oferta de ajuda

Kim Yo-jong é considerada braço direito do ditador norte-coreano, tendo sido apontada até como sua sucessora. (Foto: Reprodução)

Kim Yo-jong, irmã do líder norte-coreano, Kim Jong-un, mandou o presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, calar a boca. A fala dela foi uma resposta ao “ousado plano” de ajuda econômica oferecido por Seul em troca do desarmamento nuclear de Pyongyang.

“Teria sido mais favorável para sua imagem calar a boca, em vez de falar bobagem, pois não tinha nada melhor para dizer. Na situação em que está perdendo o apoio público, seria melhor se ele nunca tivesse dito aquilo naquela ocasião”, informou Kim Yo-jong em comunicado nesta sexta-feira (19).

Kim Yo-jong é considerada braço direito do ditador norte-coreano. Inclusive, ela já foi apontada como uma possível sucessora do irmão.

A manifestação de hoje foi a primeira do alto comando do país sobre a ajuda financeira ofertada pela Coreia do Sul. Por outro lado, o Ministério da Unificação da Coreia do Sul lamentou a fala Kim Yo-jong e disse que ela usou uma expressão rude, bem como distorceu a proposta de Seul.

Ainda segundo o governo sul-coreano, a posição da Coreia do Norte pode se agravar o isolamento e piorar a situação econômica do país. Nesta semana, Yoon Suk-yeol ofereceu energia e infraestrutura ao Norte.

Quem é

Jovem (32 anos), Kim Yo-jong, é astuta e cada vez mais presente em compromissos oficiais do autocrata de Pyongyang, Yo-jong ascendeu ao cargo de chefe do Departamento de Organização e Orientação (OGD) do único partido do país — o órgão lida com a doutrinação ideológica, a organização partidária e as nomeações políticas.

O serviço de inteligência da Coreia do Sul avalia que ela ocupa a segunda posição no “comando de fato” da Coreia do Norte. Para ascender rapidamente na chamada “estirpe Paektu” e ganhar a confiança do irmã, Yo-jong chegou a ponto de ordenar a explosão do escritório de relações com o Sul, na cidade fronteiriça de Kaesong, em 16 de junho passado.

Sair da versão mobile