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Geral Isenção do imposto para a carne é o item que mais pesa na alíquota da reforma tributária, diz o Ministério da Fazenda

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A inclusão da carne entre os itens da cesta básica, que têm isenção de imposto, onera a tarifa em 0,56 ponto percentual. (Foto: Divulgação)

A isenção de imposto para a carne na cesta básica é o item que mais pesa na alíquota-padrão de 27,97% que deve resultar da reforma tributária. A projeção foi divulgada pelo Ministério da Fazenda nessa sexta-feira (23).

Em nota técnica, a pasta aponta uma alta de 1,47 ponto percentual na alíquota padrão dos novos impostos da reforma tributária (IBS e CBS) depois de mudanças no projeto de regulamentação da reforma aprovado pela Câmara dos Deputados.

Dessa forma, a projeção inicial da Fazenda para a alíquota padrão, de 26,5%, foi elevada para 27,97% – a maior do mundo.

O projeto de regulamentação está em análise no Senado, onde deve ser votado após as eleições municipais de outubro.

A alíquota padrão é aquela que será cobrada sobre o consumo de todos os itens que não estiverem nas “regras especiais” da reforma.

De acordo com a pasta, a inclusão da carne entre os itens da cesta básica, que têm isenção de imposto, onera a tarifa em 0,56 ponto percentual. Entre as mudanças, é o item que mais pesa na alíquota.

Veja o quanto cada mudança afetou o imposto geral, em pontos percentuais:

– inclusão de bets e carros no Imposto Seletivo: -0,06 (tem efeito de redução na alíquota geral);

– inclusão do carvão mineral no Imposto Seletivo e redução da alíquota sobre bens minerais de 1% para 0,25%: 0,1;

– redesenho do regime específico de bens imóveis: 0,27;

– ampliação dos medicamentos na alíquota reduzida: 0,12;

– Recuperação de crédito para imunidades (serviços de radiodifusão/imagens, livros, jornais e periódicos): 0,13;

– carnes na cesta básica: 0,56;

– queijos na cesta básica: 0,13;

– demais alíquotas favorecidas (sal, farinhas, aveia, óleos de milho e babaçu, plantas e flores etc.): 0,1;

– outros favorecimentos (crédito para planos de saúde, dedução de repasses das cooperativas de planos de saúde, planos de saúde sob autogestão e previdência fechada não contribuintes etc.): 0,08.

Impostos únicos

A reforma tributária não aumenta a carga total de impostos no país. O que ela faz é simplificar o sistema e criar os impostos únicos. Com isso, apesar de os futuros impostos únicos sobre consumo no Brasil serem os mais altos do mundo, não significa que o brasileiro passará a pagar mais imposto. Significa que, ao unificar os tributos, nossa alíquota ficou alta, porque os tributos já eram altos.

Tributação da carne

Quando analisou o projeto de regulamentação da reforma, a Câmara incluiu a isenção da carne bovina e do frango, que passaram a integrar a cesta básica.

Essa foi uma demanda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), defendida também pela oposição ao governo. No entanto, por causa dos efeitos na alíquota padrão, a ideia não era bem vista pela equipe econômica.

Sal, peixes e queijos também entraram na lista de produtos isentos. No caso dos queijos, o impacto na alíquota é de 0,13 ponto percentual.

Bens imóveis

A segunda mudança com maior efeito sobre a alíquota são as regras para bens imóveis. O impacto é de 0,27 ponto percentual.

No texto aprovado pela Câmara, operações com imóveis estarão sujeitas à alíquota padrão, mas com os seguintes descontos:

– operações com bens imóveis terão redução de 40% do IBS e CBS;

– se forem operações de locação, cessão onerosa e arrendamento de bens imóveis ficam reduzidas em 60%. As informações são do portal de notícias G1.

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