Quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 29 de maio de 2019
O Ministério do Turismo apresentou, nesta terça-feira (28), o Programa Investe Turismo, projeto que visa incentivar o desenvolvimento do setor a partir de investimentos públicos e privados. Na primeira fase, as ações de estímulo vão contemplar 30 rotas turísticas consideradas estratégicas, com ao menos um município em todos os Estados e no Distrito Federal. De acordo com o ministro Marcelo Álvaro Antônio, a decisão de isentar de visto os turistas de quatro países (Austrália, Canadá, Estados Unidos e Japão), anunciada durante a viagem do presidente Jair Bolsonaro aos Estados Unidos, em março, já incentivou o setor.
“Temos aumento significativo de reserva de passagens desses quatro países para o Brasil. Só para dezembro temos mais de 250% de aumento de turistas, salvo engano, do Japão e da Austrália”, disse o ministro. O programa é uma parceria da pasta com a Embratur e o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), que vai investir R$ 200 milhões num primeiro momento.
“Um dos nossos objetivos é aumentar o número de turistas estrangeiros visitando o Brasil. Vamos fazer do Brasil o maior destino turístico da América Latina. Acreditamos e vamos trabalhar para isso”, ressaltou o ministro durante o evento de lançamento do programa. De acordo com Álvaro Antônio, o presidente Jair Bolsonaro entende que “o turismo deve estar no centro da agenda econômica do Brasil”.
No evento, o ministro falou, também, da possibilidade de transformar Angra dos Reis na “Cancún brasileira”, como o próprio Bolsonaro tem se referido ao potencial turístico da região da Estação Ecológica de Tamoios. Segundo ele, uma MP (medida provisória) conhecida como “A hora do turismo”, está sendo editada e vai ser divulgada em breve. Serão, de acordo com o ministro, ações necessárias para que o turismo saia do discurso e entre para a prática.
“Acho que o melhor exemplo disso é Cancún, no México. Lá decretou-se uma área especial de interesse turístico. Sozinha, recebe cerca de US$ 12 bilhões, pelo menos o dobro do que o Brasil recebe. Temos grandes maravilhas no nosso país. Temos um projeto piloto na Ilha Grande, Angra dos Reis, junto com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, para que a gente consiga retirar os excessos. Ninguém aqui fala em degradar o meio ambiente do Brasil. Nós precisamos alinhar o desenvolvimento com a preservação e conservação do nosso meio ambiente. Isso é possível e vamos avançar nessa pauta”, disse.
O ministro também falou que a MP que permite até 100% de capital estrangeiro nas empresas de companhias aéreas nacionais e que restabelece a gratuidade para bagagens abaixo de 23 kg em voos domésticos é ótima para o Brasil. E ressaltou que a intenção, agora, é aumentar a concorrência, abrindo o mercado para operação no espaço aéreo.
“O cidadão brasileiro não consegue mais suportar o preço das passagens. Quem sabe a gente consiga colocar oito, dez empresas operando com competitividade. Aí sim, vão aumentar rotas e destinos e, sobretudo, reduzir o custo Brasil da passagem aérea”, finalizou.