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Mundo Islândia caça submarinos russos e aprofunda relações com os Estados Unidos

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A nação insular, membro da Otan, está cautelosa com a renovada presença militar de Moscou no Atlântico Norte (Foto: Benjamin D. Applebaum/Departamento de Defesa dos EUA)

O general mais graduado do Pentágono caminhou até um avião de vigilância P-8 Poseidon, embarcando pouco antes de uma chuva fria virar neve. A aeronave rugiu e decolou sobrevoando campos escarpados de lava preta antes de seguir sobre o Oceano Atlântico Norte. As forças americanas a bordo o guiaram por sua missão: inspecionar as águas geladas em busca de submarinos russos.

A rara visita do presidente do Estado-Maior Conjunto, general Charles Q. Brown Jr., ocorre em um momento em que as forças dos Estados Unidos observaram um aumento na atividade dos submarinos russos no Atlântico. O general Christopher Cavoli, chefe do Comando Europeu dos EUA, disse à Comissão de Serviços Armados da Câmara no ano passado que as patrulhas russas estão “em um nível mais alto do que o visto em anos”.

Autoridades dos EUA e da Islândia estavam reticentes em discutir a recente atividade dos submarinos russos, mas a visita de Brown ressaltou que as operações dos EUA aqui evoluíram por causa da guerra na Ucrânia, a milhares de quilômetros de distância, disseram autoridades dos EUA e da Islândia.

Embora a Islândia tenha uma tradição pacifista e nenhuma força militar, ela é membro da Otan desde a fundação da aliança após a 2.ª Guerra e tem feito cada vez mais parcerias com os EUA desde a invasão russa em larga escala em fevereiro de 2022, hospedando um esquadrão P-8 em uma base rotativa e recebendo visitas de caças e bombardeiros furtivos B-2 invisíveis ao radar.

A Islândia prometeu gastar anualmente 4 bilhões em coroas islandesas, ou cerca de US$ 30 milhões, até 2028 para fornecer à Ucrânia uma mistura de apoio militar e humanitário, e também assinou um esforço liderado pela República Tcheca para comprar munição para as forças ucranianas.

Brown, falando com o pessoal da Marinha reunido em um hangar pouco antes de seu voo, disse que estava examinando o comportamento da Rússia não apenas na Ucrânia, mas em lugares tão distantes quanto a América do Sul.

“A ideia é sermos tão bons no que fazemos que, todos os dias, nosso adversário acorde e diga: ‘Hoje, não’”, disse Brown. “E se um dia eles disserem que chegou a hora, a ideia é sermos o pior pesadelo deles.”

Alertas

A ministra das Relações Exteriores da Islândia, Thordis Kolbrun Reykfjord Gylfadottir, disse em uma entrevista que seu país está pronto para assumir “mais responsabilidade” na aliança. Ter forças dos EUA na Islândia “não tem sido fácil, politicamente, ao longo das décadas”, disse ela, mas o governo precisa “ficar firme” e explicar aos seus cidadãos o que significa ser um aliado confiável.

Gylfadottir disse que, apesar do foco de Moscou na guerra na Ucrânia, a Rússia mantém capacidades submarinas significativas no Ártico: “Temos que estar vigilantes”.

A ministra deixou a porta aberta para a transferência de um número maior de forças dos EUA para a Islândia no futuro. “O que nos perguntamos não é apenas se isso torna a Islândia mais segura e o público islandês mais seguro, mas também qual é a nossa responsabilidade enquanto ilha entre a Europa e a América do Norte?”, ela disse.

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