Terça-feira, 18 de março de 2025
Por Redação O Sul | 18 de março de 2025
O Exército afirmou que Essam al-Da'alis era responsável pelo funcionamento do regime terrorista do Hamas na Faixa de Gaza.
Foto: Forças de Defesa de Israel/DivulgaçãoIsrael anunciou que conseguiu matar o chefe de governo do Hamas durante a ofensiva realizada desde a noite desta segunda-feira (17).
Em um comunicado oficial divulgado pelas Forças de Defesa israelenses nesta terça-feira (18), o Exército afirmou que Essam al-Da’alis era responsável pelo funcionamento do regime terrorista do Hamas na Faixa de Gaza e supervisionava a integração de todos os ramos do grupo na região para fins terroristas.
“Ao longo do último dia, a IDF atacou dezenas de alvos terroristas e terroristas em toda a Faixa de Gaza, incluindo membros de nível intermediário e alto do Escritório Político do Hamas. Os ataques foram conduzidos para enfraquecer as capacidades governamentais e militares do Hamas e remover ameaças ao Estado de Israel e seus cidadãos”, afirma o comunicado.
Ainda de acordo com o texto, mais três membros do Hamas têm “alta probabilidade” de também estarem mortos.
– Mahmoud Marzouk Ahmed Abu-Watfa, que servia como Ministro de Assuntos Internos e era responsável pelas Forças de Segurança Interna do Hamas, utilizadas para fins terroristas.
– Bahajat Hassan Mohammed Abu-Sultan, que servia como chefe das Forças de Segurança Interna do Hamas, também utilizadas para fins terroristas.
– Ahmed Amar Abdullah Alhata, que servia como Ministro da Justiça do Hamas, cargo que explorava para fins terroristas.
Após retomar bombardeios na Faixa de Gaza na noite de segunda-feira (17), as Forças Armadas de Israel disseram ter feito novos ataques ao território palestino e afirmaram que a ofensiva continuará de forma permanente.
Os ataques romperam com a trégua em vigor entre Israel e Hamas desde janeiro e deixaram 413 mortos e 660 feridos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.
Em comunicado, as forças israelenses afirmaram que “continuavam a atacar alvos pertencentes ao Hamas e à Jihad Islâmica (outro grupo extremista que atua na Faixa de Gaza)”.
O documento não informa em que locais da Faixa de Gaza ocorreram os bombardeios desta terça, mas afirma que os alvos atingidos “nas últimas horas” incluíam células militantes, estoques de armas e infraestruturas militares usadas pelo Hamas “para planejar e executar ataques contra civis israelenses e soldados das IDF”.
Tanques israelenses também foram vistos posicionados na fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza, indicando que, além dos ataques aéreos, as incursões por terra no território palestino também podem ser retomadas.
Também nesta terça, parentes de reféns israelenses que ainda estão sob poder do Hamas protestaram contra a retomada dos bombardeios por parte do governo israelense.
O grupo acha que os novos ataques dificultarão a libertação dos últimos sequestrados ainda em cativeiro em Gaza — há cerca de 60 reféns, entre os mais de 250 sequestrados pelo Hamas em 7 de outubro de 2023, quando o grupo terrorista invadiu Israel, matando também 1.200 pessoas.
O bombardeio da noite de segunda-feira foi a primeira grande operação militar na região desde o início do cessar-fogo entre Israel e o Hamas, em janeiro.
Israel declarou que bombardeou apenas alvos do Hamas e lideranças do grupo terrorista, mas o governo local do grupo terrorista afirmou que o ataque deixou centenas de civis mortos.
O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse ter ordenado os ataques após o Hamas se recusar a libertar os reféns ainda mantidos em Gaza e rejeitar todas as propostas que receberam para uma segunda fase do cessar-fogo, ainda em negociação.
“Israel atuará, a partir de agora, contra o Hamas com força militar crescente”, diz o comunicado. O governo disse que continuará na ofensiva enquanto for necessário, podendo ampliá-la.
O ataque das Forças Armadas israelenses foi conduzido em conjunto com a Agência de Segurança de Israel, responsável pela inteligência do país.