O Exército de Israel anunciou nesta quarta-feira (15) ter encontrado armas e infraestrutura terrorista do Hamas no hospital Al Shifa, o maior da Faixa de Gaza, durante uma operação militar que começou na noite de terça-feira (14).
As tropas israelenses estabeleceram posição ao redor do complexo médico após a operação, informou um jornalista que colabora com a AFP.
Os soldados interrogaram dezenas de civis antes de liberá-los, acrescentou o repórter que está no hospital. De acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas), o estabelecimento abriga, atualmente, 2.300 pessoas, entre pacientes, profissionais da saúde e deslocados pela ofensiva israelense no território palestino.
O repórter informou que, antes de saírem do hospital, os soldados deixaram remédios, alimentos para lactantes e garrafas d’água.
Operação
As FDI (Forças de Defesa de Israel) anunciaram ter encontrado armas do Hamas no hospital e infraestrutura que seria o “coração” do grupo terrorista. A operação se deu em razão do “uso militar continuado do hospital de Shifa pelo Hamas”, segundo o órgão.
“Os soldados das FDI acharam armas e outras infraestruturas terroristas. Na última hora, vimos evidências concretas de que os terroristas do Hamas usaram o hospital de Shifa como um quartel-general terrorista”, disse um oficial das FDI.
O oficial não especificou qual parte do hospital as tropas estão conduzindo as buscas e não disse o que foi encontrado — afirmou, no entanto, que as provas serão apresentadas depois.
“Essa é uma operação extremamente precisa e direcionada. Nossas forças estão presentes em uma área específica do enorme complexo hospitalar de Shifa”, afirmou o oficial, sem dizer quanto tempo a operação irá durar.
Israel aponta que o Hamas tem usado por anos o Al-Shifa para acobertar ações terroristas. O Hamas nega. Um porta-voz das Forças de Defesa de Israel informou não ter havido confronto dentro do hospital. O grupo terrorista Hamas fala em 30 mortes na operação, o que não pode ser verificado de forma independente.