O Ministério das Relações Exteriores de Israel classificou, nesta quarta-feira (18), como “cínica” e “distorcida” uma resolução não vinculativa da Assembleia Geral da ONU que apela ao fim da ocupação de territórios palestinos dentro de 12 meses.
“Assim funciona a política internacional cínica”, disse a porta-voz do ministério, Oren Marmorstein, na rede social X, depois que os Estados-membros da ONU aprovaram o texto por 124 votos a favor, 14 contra e 43 abstenções. “Uma decisão distorcida que está desligada da realidade, encorajada o terrorismo e prejuízos às possibilidades de paz”, acrescentou.
Resolução
A resolução redigida pela Autoridade Palestina acolhe também um parecer consultivo, de julho deste ano, da Corte Internacional de Justiça que afirmou que a ocupação israelense em territórios palestino é ilegal e deve ser retirada.
O parecer do mais alto tribunal da ONU diz que a saída do território deve ser feita “o mais rapidamente possível”, embora a resolução da Assembleia Geral permita um prazo de 12 meses.
A resolução foi a primeira a ser apresentada formalmente pela Autoridade Palestina desde que obteve direitos adicionais neste mês, incluindo um assento entre os membros da ONU na sala da assembleia.
A Embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, havia pedido que os países votem contra. Os EUA, aliados de Israel, há muito se opõem a medidas unilaterais que possam minar a perspectiva de uma solução entre dois estados.