Sábado, 08 de março de 2025
Por Redação O Sul | 2 de outubro de 2024
Israel disse que a resposta ao ataque com mísseis do Irã será uma ofensiva “precisa e dolorosa” durante o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), nessa quarta-feira (2).
O conselho, o principal braço da ONU para tratar de conflitos e guerras, se reuniu nesta quarta-feira (2) para debater justamente a escalada de tensões no Oriente Médio, que aumentou após o Irã atacar Israel com mísseis na terça-feira (1º). Israel e Irã participaram da reunião como convidados.
“Será uma resposta precisa e dolorosa. Vamos nos defender com força e justiça de acordo com leis internacionais”, disse o embaixador de Israel na ONU, Danny Danon , a jornalistas antes de seu discurso. Na terça-feira, Israel prometeu um “ataque surpresa” ao Irã como retaliação, mas não havia informado se seria uma ofensiva ampla ou precisa.
Durante seu discurso, Danon reafirmou que Israel atacará novamente e disse que “as consequências que o Irã enfrentará serão maior que qualquer uma já imaginada”.
“O momento de empatia passou”, afirmou.
Irã alega autodefesa
Já o embaixador do Irã na ONU, Amir Saeid Iravani, disse que o ataque a Israel foi uma “ação de proporcional autodefesa” e, por isso, não houve nenhuma violação de acordos e tratados de guerra.
Iravani disse ainda que a única forma de terminar com o conflito no Oriente Médio e evitar uma guerra generalizada é que Israel interrompa os ataques e a incursão por terra no Líbano.
O Conselho de Segurança se reúne também no mesmo dia em que o governo israelense declarou o secretário-geral da ONU, António Guterres, “persona non grata” e o proibiu de entrar no país.
Guterres abriu a sessão – não é comum que o secretário-geral da ONU participe do Conselho de Segurança, mas fontes da ONU afirmaram à TV Globo que ele já havia pedido para participar da reunião antes da reprimenda de Israel a ele.
No discurso, o secretário-geral não falou sobre o caso, mas disse condenar “fortemente” o ataque do Irã com mísseis ao território israelense. Mais cedo, o chanceler israelense disse ter proibido a entrada de Guterres no país justamente por ele não ter condenado a ofensiva iraniana.
Ele pediu que “a soberania do Líbano seja respeitada”, sem citar Israel – o Exército israelense invadiu o território libanês na segunda-feira (30) e começou uma incursão por terra no país contra o Hezbollah.
O Líbano também foi convidado para a reunião do Conselho de Segurança. Em seu discurso, o embaixador interino do Líbano na ONU, Al-Sayyid Hadi Hashim, acusou Israel de mentir sobre as características da invasão de Israel ao Líbano e chamou a ofensiva de “agressão barbárie”.
“Eles dizem que o objetivo são alvos do Hezbollah. Mas há muitos civis mortos”, disse. “Crianças no sul de Beirute estão dormindo nas ruas. Isso não pode mais ser tolerado”.
O embaixador também pediu ajuda à ONU com fundos para a recuperação do país após os bombardeios de Israel.
Já a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield, reiterou a ameaça feita por Washington ao Irã na terça-feira (1º), de que um ataque a Israel teria “sérias consequências”. As informações são do portal de notícias G1.