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Israel diz ter matado 250 soldados do Hezbollah desde o início da invasão ao Líbano

Equipes de resgate avaliam danos causados por mísseis em um prédio nos subúrbios ao sul de Beirute. (Foto: Unicef/Dar Al Mussawir)

Desde que invadiu o Líbano, o Exército de Israel matou cerca de 250 integrantes do Hezbollah, segundo um balanço das Forças Armadas israelenses dessa sexta-feira (4). Entre os mortos estão 20 comandantes do grupo extremista, segundo Israel.

As mortes ocorreram tanto por conta de bombardeios aéreos quanto em combates diretos entre soldados dos dois lados, ainda de acordo com o balanço. O Hezbollah não havia se pronunciado sobre a informação até a noite dessa sexta.

As forças israelenses não especificaram quantas mortes ocorreram nas operações pelo ar e quantas, por terra – os bombardeios de Israel ao Líbano, que começaram quatro dias antes da invasão por terra, já causaram quase 2.000 mortes.

Do lado israelenses, oito soldados que enfrentavam o Hezbollah por terra no sul do Líbano morreram durante uma emboscada montada por integrantes do grupo terrorista – o sul do Líbano é o principal reduto do Hezbollah. Foi lá também que o grupo surgiu, há cerca de 20 anos.

Já nessa sexta-feira, outros dois militares israelenses que operavam no norte de Israel morreram atingidos por um ataque com drones do Hezbollah, também segundo as Forças Armadas.

Israel não disse quanto tempo mais durará a incursão por terra e os bombardeios ao Líbano, mas já disse que quer eliminar completamente o Hezbollah. Segundo estimativas do serviço de inteligência dos Estados Unidos, o grupo extremista tem cerca de 40 mil combatentes no total, atuando em diversas frentes dentro e fora do Líbano – o grupo também apoia aliados em outros conflitos no Oriente Médio, como a guerra civil da Síria.

Líder supremo

Também nessa sexta-feira, o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, falou pela primeira vez desde a escalada de tensões entre Israel e Irã. Em uma aparição rara durante as orações muçulmanas semanais, disse que Israel “não durará muito” e convocou “todos os muçulmanos” a lutar contra o país.

Khamenei defendeu o ataque com mísseis do Irã ao território israelense nesta semana e a invasão do Hamas ao sul de Israel há um ano, quando os terroristas mataram 1.200 pessoas, dando início à guerra em Gaza.

O líder supremo classificou os dois ataques de “atos legítimos”. Também chamou Hassan Nasrallah, o líder do Hezbollah morto por Israel em um ataque ao Líbano no fim de semana, de “irmão”.

“A resistência da região não vai recuar inclusive com a morte de nossos líderes”, declarou.

Khamenei discursou durante as orações semanais do islã em Teerã. Pela primeira vez em cinco anos, ele comandou a cerimônia, em homenagem Nasrallah.

“A nação palestina tem o direito de se defender”, disse ainda Khamenei. As informações são do portal de notícias G1.

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