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Israel intensifica ataques a Gaza e mata 32

Médicos do território disseram que outras 33 pessoas, a maioria mulheres e crianças, foram mortas. (Foto: Unfpa Palestina/Media Clinic)

Israel voltou a atacar Jabalia, no norte da Faixa de Gaza, nesse sábado (19), e também lançou fortes bombardeios em outras áreas do território palestino que mataram 32 pessoas no total, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. Além de Jabalia e Shati, no norte, as mortes ocorreram Em Al-Maghzai e Nuseirat, na região central de Gaza, e nas cidades de Khan Younis e Rafah, no sul.

Na sexta-feira (18), médicos do território disseram que outras 33 pessoas, a maioria mulheres e crianças, foram mortas e outras 85 ficaram feridas em ataques israelenses que destruíram pelo menos três casas em Jabalia.

“Tropas da IDF estão atualmente operando na área de Jabalia contra a infraestrutura terrorista do Hamas e terroristas”, alegaram os militares israelenses.

ONGs que atuam em Gaza e a população local vêm acusando Israel de estar atacando o campo de refugiados de Jabalia para “limpar” o território e criar uma zona tampão no norte de Gaza. Jabalia é o maior dos oito campos de refugiados palestinos criados para acomodar pessoas que foram removidas de suas casas com a criação do Estado de Israel.

O ministério da Saúde da Faixa de Gaza, acusou nesse sábado o Exército de Israel de ter bombardeado um hospital na cidade de Beit Lahia, no norte do enclave palestino. Segundo as autoridades de saúde, 40 pessoas ficaram feridas após o bombardeio.

“Os tanques israelenses cercaram completamente o hospital, cortaram a eletricidade e bombardearam, atacando o segundo e terceiro andares com artilharia”, disse o diretor do centro, Marwan Sultan. “Existem sérios riscos para a equipe médica e os pacientes”, acrescentou. O número de mortos no hospital não foi divulgado.

A pasta acrescentou que os “tiros fortes” contra o hospital e o pátio provocaram um estado de grande pânico entre pacientes e funcionários. Israel lançou uma nova ofensiva no início deste mês no norte de Gaza, onde afirma que o grupo islâmico Hamas está se reagrupando.

Apesar da morte do líder do Hamas, Yahya Sinwar, a guerra continua na Faixa de Gaza. O líder foi morto na quarta-feira (16) após um encontro com tropas israelenses no sul do enclave palestino. A sua morte só foi divulgada no dia seguinte. Sinwar é o arquiteto dos ataques do Hamas de 7 de outubro do ano passado, quando integrantes do grupo invadiram o sul de Israel, mataram 1,2 mil pessoas e sequestraram 250.

Este foi o maior ataque da história de Israel e o maior contra judeus desde o Holocausto. O aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, prometeu que o Hamas continuaria sua luta contra Israel após o assassinato do mentor do ataque mortal de 7 de outubro do ano passado. “O Hamas está vivo e continuará vivo”, disse Khamenei.

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