Segunda-feira, 10 de março de 2025
Por Redação O Sul | 17 de outubro de 2024
As Forças Armadas de Israel anunciaram nessa quinta-feira (17) que mataram o número 1 do Hamas, mentor dos ataques de 7 de outubro de 2023, Yahya Sinwar. Ele era um dos principais alvos de Israel. Há um ano, quando começou a guerra contra o Hamas, o primeiro bombardeio israelense na Faixa de Gaza foi direcionado à casa de Sinwar.
O terrorista já ficou preso por 23 anos em Israel e teve papel de governante dentro da Faixa Gaza. Ele foi eleito o chefe do Hamas após a morte de Ismail Haniyeh, que foi assassinado por Israel no Irã em julho.
Com apenas dois meses de mandato, Sinwar foi o comandante que chefiou o grupo terrorista por menos tempo. Ele era o único remanescente do principal escalão à frente do Hamas. Todos morreram por ataques de Israel desde o início da guerra na Faixa de Gaza.
De acordo com as autoridades, o terrorista morreu durante um confronto com soldados israelenses dentro de uma residência em Rafah, no sul de Gaza. A região foi onde Sinwar nasceu e cresceu.
Em pronunciamento, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, acusou Sinwar de “destruir suas vidas” e disse que a morte do terrorista “não significa que a guerra acabou”.
A caçada por Sinwar durou mais de um ano e motivou “dezenas de ações realizadas pelas Forças Armadas e pelo Shin Bet [o serviço secreto israelense]”, segundo o porta-voz do Exército de Israel, Daniel Hagari.
O conselheiro de Segurança dos EUA, Jake Sullivan, afirmou nesta quinta que “Inteligência americana ajudou Israel a rastrear e caçar líderes do Hamas, inclusive Sinwar”.
Nascido e crescido na Faixa de Gaza, Sinwar era o líder do Hamas que mais conhecia o território, o que dificultou as operações de Israel. A estratégia, segundo o porta-voz, foi cercá-lo a partir de ataques ao redor de áreas onde o serviço de inteligência identificava que ele poderia estar.
Na mesma operação, soldados israelenses mataram outros dois integrantes do Hamas, que ainda não haviam sido identificados até a última atualização desta reportagem. Após a troca de tiros, os militares suspeitaram que o terceiro combatente era Sinwar.
Eles colheram amostras de DNA e, após uma análise por peritos, confirmaram que se tratava do terrorista. Segundo a imprensa israelense, exames de arcada dentária também foram feitos.
Sinwar é considerado o principal mentor do ataque de 7 de outubro de 2023 em Israel, quando o Hamas invadiu Israel e matou cerca de 1.200 pessoas, além de sequestrar outras 230. Israel jurou Sinwar de morte no dia seguinte.
O atentado foi o início da guerra na Faixa de Gaza entre Hamas e Israel. Atualmente, os militares israelenses abriram uma nova frente de batalha contra o grupo extremista Hezbollah, no Líbano.
Tanto o Hamas quanto o Hezbollah são apoiados pelo Irã. O conflito de Israel com esses grupos tem irritado o governo iraniano. As informações são do portal de notícias G1.