Domingo, 22 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 13 de outubro de 2023
Esse tipo de substância é altamente tóxica e inflamável e pode provocar desde queimaduras graves até necroses.
Foto: ReproduçãoO Exército de Israel negou, nesta sexta-feira (13), que tenha usado munições de fósforo branco em suas operações militares nos últimos dias contra Gaza e Líbano. O país foi alvo de acusações por parte das principais organizações de direitos humanos do mundo.
A Human Rights Watch (HRW) e a Anistia Internacional acusaram Israel de usar munições de fósforo branco em Gaza e no Líbano, colocando os civis em sério risco de ferimentos graves e de longo prazo. Segundo a TV Al Jazeera, as autoridades israelenses classificaram as denúncias como “inequivocamente falsas”.
“O Laboratório de Evidências de Crises da Anistia Internacional verificou que as unidades militares israelenses que atacam Gaza estão equipadas com projéteis de artilharia de fósforo branco”, escreveu a ONG em seu perfil no X (antigo Twitter), após analisar vídeos do conflito.
A organização humanitária explicou ainda que continua investigando “o que parece ser o uso de fósforo branco em Gaza, incluindo um ataque perto de um hotel de praia na Cidade de Gaza”.
Na última quarta-feira (11), o jornal norte-americano Washington Post citou a análise de um vídeo divulgado pela HRW, o qual parece mostrar o uso de fósforo branco em um dos ataques de Israel contra Gaza.
As imagens exibem dois tiros de artilharia disparados em rápida sucessão contra os alvos que, uma vez explodidos, libertam automaticamente fósforo branco.
Esse tipo de substância é altamente tóxica e inflamável e pode provocar desde queimaduras graves até necroses. Uma convenção assinada em Genebra em 1980 proíbe a utilização de fósforo branco contra populações civis ou contra alvos militares dentro de uma área civil.