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Israel vai mandar, até este domingo, avião com equipe e equipamento de resgate

Benjamin Netanyahu ofereceu ajuda ao presidente Jair Bolsonaro, que visitou recentemente. (Foto: Fernando Frazão/Agencia Brasil)

A ajuda que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ofereceu ao presidente Jair Bolsonaro para ajudar no resgate das vítimas de Brumadinho (MG) deve decolar até a manhã de domingo.

Será enviada uma aeronave com equipe de cerca de 70 ou 80 pessoas, além de equipamentos especiais, de acordo com embaixador de Israel no Brasil, Yossi Shelly. A previsão dele é que o auxílio chegue em Minas no domingo.

“Infelizmente, temos experiência (de resgatar pessoas soterradas) devido a atentados que derrubam casas”, explicou o embaixador.

Além da equipe de resgate, Israel também vai mandar dois ou três especialistas para inspecionar outras barragens e avaliar riscos de evacuar outras comunidades próximas de atividades de mineração. Segundo Shelly, a iniciativa atende um pedido de Bolsonaro.

O presidente havia anunciado mais cedo que disponibilizaria equipamentos obtidos em parceria com Israel nas buscas pelas vítimas, com tecnologia capaz de localizar pessoas que estejam enterradas.

Bolsonaro se reuniu no Aeroporto de Confins com o governador de Minas, Romeu Zema (Novo), o presidente da Vale, Fabio Schvartsman, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Colocou recursos do governo federal à disposição do Estado.

Oferecimento

Após sobrevoar a área da tragédia em Brumadinho, o presidente Jair Bolsonaro se reuniu com o governador Romeu Zema, o presidente da Vale Fabio Schvartsman, a procuradora-geral da República Raquel Dodge, ministros e representantes do governo de Minas Gerais no Aeroporto de Confins e colocou à disposição do Estado recursos do governo federal, como reforços nas equipes de buscas e equipamentos.

Ao retornar a Brasília, o presidente afirmou à imprensa que “infelizmente, pode aumentar muito o número de mortos (em Brumadinho). Vou receber agora um telefonema do senhor Benjamin Netanyahu, ele estava oferecendo ajuda com base em tecnologia para buscar os desaparecidos”.

Segundo Zema e o coronel Estevo, comandante do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, Bolsonaro disse para eles que disponibilizará equipamentos obtidos em parceria com Israel nas buscas pelas vítimas, com tecnologia capaz de localizar pessoas que estejam enterradas.

“É muito difícil localizar um corpo a 5, 10 metros de profundidade. Israel se ofereceu para poder fazer isso”, disse o governador.

“Nós estamos aguardando nos próximos dias e fazendo uma análise melhor do terreno para empregar no momento certo outras tropas especializadas. Muito provavelmente vamos precisar de cães farejadores a partir de segunda-feira e faremos o contato tanto com o governo federal quanto com os Corpos de Bombeiros de outros Estados”, afirmou o coronel.

O governador Romeu Zema agradeceu o suporte oferecido. “Eles vieram ver de perto a tragédia em Brumadinho e o governo federal se colocou à disposição naquilo que puder ajudar.

Em coletiva após se reunir com o presidente, Zema afirmou que os responsáveis pelo acidente, que pode ter deixado centenas de mortos, terão uma punição exemplar.

“Quero frisar que os envolvidos nessa tragédia serão punidos exemplarmente. Todas as medidas judiciais já foram tomadas e recursos na casa dos bilhões, bloqueados, de forma que a punição seja a mais rigorosa possível”, destacou Zema. “Aquilo que a lei prevê, será feito”, acrescentou.

O governador disse também que a legislação terá de ser revista para evitar novas tragédias. “Essa barragem que rompeu estava inativa. Há anos que não recebia mais nenhum tipo de material. Então, nós estamos vendo que, aqui em Minas, os mortos estão ressuscitando, o que é muito preocupante. Vai ser necessário rever protocolos, porque não podemos ficar sujeitos que esse tipo de coisa ocorra novamente”, ironizou.

Por fim, Zema afirmou que tanto os critérios federais quanto os estaduais serão revistos para que isso não aconteça mais. Mas ele garantiu que, apesar disso, a legislação atual já é bem dura. “A legislação ambiental de Minas, assim como a nacional, é uma das mais rigorosas. É prematuro fazer qualquer diagnóstico da tragédia de ontem, mas, a princípio, todos os alvarás e licenças estavam em dia, mas uma mina desativada há quatro anos se rompeu.”

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