O governo italiano estuda a possibilidade de classificar todas as regiões do país como zona vermelha de risco de transmissão do coronavírus Sars-CoV-2 no período em que são celebradas as festas de Natal e Ano-Novo. A medida, que ainda não foi confirmada, é um dos temas debatidos nesta quarta-feira (16) durante cúpula entre as autoridades italianas.
A hipótese é implementar a faixa vermelha em toda a Itália, o que prevê regras que incluem o fechamento do comércio não essencial e proibição de sair de casa a não ser por motivos de trabalho ou urgentes, nos dias 24, 25, 26, 27 e 31 de dezembro e 1, 2 e 3 de janeiro de 2021.
Segundo fontes oficiais, a discussão ainda está “completamente aberta”, porém, não está excluída que a área vermelha também se aplique no dia 6 de janeiro, data em que é celebrado o “Dia de Reis”, chamado também de “Epifania do Senhor”, ou que as regras da zona laranja sejam introduzidas para todo o período.
Caso a última possibilidade seja aprovada, as regiões terão que proibir deslocamentos interregionais e intermunicipais, a não ser por motivos de trabalho ou saúde. Nessas áreas, no entanto, é permitido sair de casa sem motivo, mas restaurantes também têm de suspender serviços de mesa. As novas restrições, porém, estão provocando um impasse entre os representantes dos governos, já que o tema divide o debate.
“A Itália estabeleceu regras para si mesma, estabelecendo as zonas de risco amarela, laranja e vermelha. Acredito que com esse método devemos continuar. Acho que é certo ter cuidado onde o vírus está causando grandes danos e se houver necessidade de novos fechamentos. Mas acho que o princípio das zonas está certo, digo não às regras uniformes, temos de dar fôlego aos cidadãos”, afirmou o governador da Ligúria, Giovanni Toti.