Quinta-feira, 10 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 7 de maio de 2018
O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, determinou a implantação imediata de um setor dedicado exclusivamente aos assuntos de segurança e defesa na América do Sul. A iniciativa atinge 11 países: Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile, Peru, Equador, Colômbia, Bolívia, Venezuela, Suriname e Guiana. Em nota, o Itamaraty informou que: “A medida reflete a elevada prioridade atribuída pelo governo brasileiro, e pelo Itamaraty em particular, ao combate aos ilícitos transnacionais e deverá reforçar a cooperação com os países vizinhos”.
A disposição é para efetuar ações conjuntas entre Brasil e países vizinhos nas áreas operacional entre agências de segurança e inteligência. De acordo com o Itamaraty, a iniciativa faz parte de uma série de ações de combate aos crimes transfronteiriços.
“Em articulação com os órgãos competentes do Governo Federal, ao anseio da sociedade brasileira por melhoras prontas e eficazes no campo da segurança pública.”
“Pontes de Solidariedade”
A Igreja Católica lançou um plano de ajuda para apoiar os “milhares” de imigrantes da Venezuela que abandonaram o país devido à crise e o programa-piloto pretende “acolher, proteger e integrar” na América do Sul. O plano “Pontes de Solidariedade” inclui a criação de centros de serviços e abrigos para imigrantes vulneráveis, assistência na habitação, na procura de emprego e inclusão social, bem como ajudar no acesso à educação e serviços de saúde e campanhas de consciencialização.
“Para que o fluxo migratório de venezuelanos encontre na Igreja apoio para poder mover-se, informações sobre como deslocarem-se, sobre oportunidade migratórias, de trabalho, sítios onde dormir, onde há comida quente”, explicou o responsável mundial da Companhia de Jesus (Jesuítas), padre Arturo Sosa.
O sacerdote venezuelano contextualiza que o projeto nasce de uma reunião da Secção dos Migrantes de conferências episcopais da América Latina que partilharam a situação que vivem em cada país e em todos “aparece a presença de muitos migrantes venezuelanos em grande necessidade”.
“Pontes de Solidariedade” junta oito conferências episcopais católicas da América do Sul – Brasil, Colômbia, Equador, Peru, Chile, Bolívia, Paraguai e Argentina – que querem ajudar os venezuelanos que tiveram de sair do país devido à crise, mas também às comunidades locais que os recebem. “Nasce da possibilidade de apoiarem-se mutuamente as conferências episcopais para apoiarem o fluxo migratório”, sublinha o também antigo reitor de la Universidade Católica de Táchira.
Os agentes pastorais nos diversos países vão cuidar de todas as etapas, desde a partida à chegada a outras nações e também do possível regresso à Venezuela. “O que se quer é que o migrante não fique abandonado, não se sinta só”, refere padre Arturo Sosa, ao sítio na internet “Vatican News”, sobre o plano que conta com um fundo de 400.000 euros.
O responsável mundial dos Jesuítas considera que as migrações interpelam a “existência como cristãos” e observa que o ser humano “não está limitado a uma raça ou a uma cultura” e enriquece-se quando há um “intercâmbio realmente humano”.
“Pontes de Solidariedade – plano pastoral integrado para ajudar os migrantes venezuelanos na América do Sul” foi apresentado pelos diretores da secção migrantes e refugiados, do Dicastério para a Promoção do Desenvolvimento Humano Integral da Santa Sé, no Vaticano.