A notória dificuldade do governo comandado por Nelson Marchezan Junior (PSDB) em reverter um cenário de desgaste e diálogo precário com o legislativo, e em razão de severos problemas de gestão em questões essenciais como a coleta do lixo, pelo não pagamento da empresa que presta os serviços, invasão de camelôs pelas ruas da cidade, tomada do centro por pequenos traficantes, e contradições em relação a ações de governo, e promessas de campanha, já começa a estabelecer a comparação: será este o pior governo da história da capital gaúcha?
Partidos de oposição usam Cpers para desgastar governo?
O Cpers, o sindicato dos professores estaduais, acenou ontem com uma reunião de emergência com o governo para dialogar sobre a greve, inicialmente deflagrada há 50 dias, em razão do atraso dos salários. Os salários dos professores estão em dia. A reunião durou 5 minutos, sem perspectiva de acordo. Para os partidos de oposição – PT, PCdoB, Psol, Rede e setores do PDT – que estimulam a greve, tratou-se de mais um movimento para desgastar o governador José Ivo Sartori, que temem, poderá ser reeleito no ano que vem. Para os gaúchos que assistem as escolas fechadas, porém, a avaliação pode ser exatamente oposta: em desfavor dos partidos de oposição.
Ministro manda arquivar ocorrência de briga de casal
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, decidiu ontem sobre o suposto caso de agressão cometido pelo senador Lasier Martins (PSD) contra a ex-mulher Janice Santos. Ao analisar o inquérito produzido pela Polícia Federal, o ministro mandou arquivar todo o procedimento. Levou em conta parecer da Procuradoria-Geral da República, em Brasília, que assim como o relatório da Polícia Federal, concluíram não existir provas do crime.
Padilha prevê que governo poderá ter mais de 270 votos
A Câmara dos Deputados vota hoje a denúncia por organização criminosa e obstrução da Justiça contra o presidente Michel Temer. Ontem, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, que também é denunciado na mesma peça apresentada pelo ex-procurador-geral Rodrigo Janot, afirmou que está tranquilo. Experiente na articulação política,a leitura de Padilha é de que o governo tem “confiança absoluta na base”. Padilha fez uma avaliação positiva, levando em conta principalmente algumas contradições, e falhas no processo encaminhado pela PGR, itens que segundo ele, serão considerados pelos deputados, para para prever que “poderemos ter nesta apreciação pela Câmara, mais de 270 votos, o que seria uma variação para cima de até 10 votos” em relação à primeira votação, em agosto.