Domingo, 12 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 29 de julho de 2015
O ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, minimizou nessa terça-feira decisão da agência Standard & Poor’s de colocar a nota do Brasil em perspectiva negativa. Questionado sobre o tema após o lançamento do portal Dialoga Brasil, o dirigente argumentou que o País tem uma economia forte. Lembrou que a nação viveu situações melhores e piores e que emergirá deste episódio de dificuldade mais forte.
Na escala da agência, o Brasil está no limite do grau de investimento, com a nota BBB-, mas a projeção deixou de ser neutra. O grau de investimento é uma condição atribuída por avaliadoras internacionais de classificação de risco a papéis, empresas ou países para definir que se trata de um investimento seguro, ou seja, com baixo perigo e calote.
As notas de crédito têm impacto sobre o custo da dívida de companhias e nações. Quanto melhor a classificação, menor tende a ser o desembolso com os juros dos financiamentos e vice-versa.
Com a decisão, a Standard & Poor’s sinalizou que o País poderá passar a ter grau especulativo, o que poderia levar a uma alta dos juros brasileiros. Esse movimento preocupou o governo Dilma Rousseff porque trará mais pressão de alta para o dólar. Após o anúncio, a moeda norte-americana chegou a subir mais de 2% e a ser cotada a 3,44 reais. Entrentanto, recuou nos últimos dias.
A analista para a América Latina da agência, Lisa Schineller, disse que a Standard & Poor’s tem expectativa que o Brasil inverta as atuais normas de aplicação da política fiscal, motivo pelo qual não rebaixou a nota para especulativa. (Folhapress)