Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Flavio Pereira | 27 de março de 2021
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O presidente Jair Bolsonaro, valendo-se de dados do Ministério da Saúde, confirmou ontem que 32,3 milhões de doses de vacinas já foram enviadas aos estados e municípios até ontem. Agora, ocorre a décima distribuição, que inclui a primeira remessa de vacinas do consórcio Covax Facility (1.022.300 doses da AstraZeneca/Oxford) e mais um lote do Butantan (3.200.020 doses). As entregas devem ir até este sábado.
Soma-se ainda a boa notícia do projeto para a produção de imunizante 100% nacional contra a covid-19. O projeto, monitorado pelo Ministério da Saúde e financiado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações foi protocolado junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Ontem, Jair Bolsonaro estimou que o crescimento na distribuição das vacinas faz com que a politica de lockdown de alguns gestores “está chegando no fim”.
Vacinação vai alcançar 65 anos na próxima semana
A nova remessa de vacinas vai permitir a ampliação da vacinação para mais um grupo prioritário: o de idosos entre 65 e 69 anos. Além disso, também vai atender o restante dos trabalhadores da saúde, idosos entre 70 e 74 anos e comunidades quilombolas.
Com base na confirmação das novas remessas, o prefeito de Porto Alegre Sebastião Melo confirmou ontem mais um cronograma, que começa neste sábado: 70 anos, segunda-feira 69 anos, culminando quinta-feira, com a vacinação de pessoas com 66 anos ou mais.
Em Porto Alegre, Melo libera bares, restaurantes e shoppings
O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, alegou a competência e autonomia do município e contrariou decisão do governo gaúcho, liberando o funcionamento de serviços não essenciais na capital gaúcha, shoppings, bares e restaurantes, com rigorosos cuidados de higiene. As medidas foram adotadas em consonância com o regramento da bandeira vermelha.
Ontem, o prefeito justificou que o objetivo da medida é minimizar os prejuízos econômicos causados pelas restrições de atividades por mais de um ano. Segundo dados da prefeitura da capital gaúcha, de março do ano passado até agora, 17 mil postos de empregos formais foram assassinados em Porto Alegre com o abre e fecha.
Abre e fecha já quebrou 1/3 das empresas gaúchas
Estimativas de vários economistas e um estudo publicado pelo Sebrae, apontam que o abre e fecha determinado pelo governo gaúcho nas atividades econômicas, sem nenhum resultado concreto na queda ou controle da pandemia, já quebrou 1/3 de todas as empresas do estado.
A gestão do Rio Grande do Sul está sob observação de todo o país: o estado teve uma recessão de 7% em 2020. Mesmo levando-se em conta os efeitos da pandemia, o número é assustador, se compararmos ao Brasil: 4,1%, e o vizinho estado de Santa Catarina, que teve queda de apenas -0,9% na sua economia.
Osmar Terra: “Eu não sou governador”!
Criticado por não ter confirmado alguns dos seus prognósticos em relação à evolução dos casos de covid, o ex-ministro Osmar Terra reagiu ontem, e respondeu no Twitter:
“Acho que houve um engano aqui. Eu não sou governador! Toda essa tragédia das 300.000 mortes que aconteceram foi na política ditada pelos governadores do fique em casa, dos bloqueios e lockdown. E eu apenas avisei que isso não salvaria vidas!”
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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