O ex-presidente Jair Bolsonaro parece hoje mais realista em relação ao Brasil real. Deixou claro isso ao constatar que o julgamento do TSE já está decidido antes mesmo do seu início. O presidente que assumiu em janeiro de 2019 com um projeto nacionalista para o país, deu-se conta de que a tarefa é extremamente difícil num país onde todas as instituições encontram-se aparelhadas pelo que há de pior da esquerdopatia. Desde 1992, quando conheci Jair Bolsonaro, passei a acompanhar os avanços e recuos do ainda incipiente projeto Brasil Acima de Tudo, à época uma quimera. O projeto político, que pretendia despertar o nacionalismo entre os brasileiros, tinha como mentores Jair Bolsonaro, o saudoso Capitão Enir dos Reis e um grupo reduzido de amigos. Todos imaginavam que o Brasil poderia retomar o caminho da pluralidade e da liberdade das suas instituições, bastando para isso ter votos e apoio popular. Viu-se que a sofisticação desse domínio das instituições, a limitação dos seus atos por uma vigilância ideológica e perversa de outros poderes, não permitiu que, mesmo jogando dentro das quatro linhas, Jair Bolsonaro pudesse realizar pelo menos metade do que se propôs. O colunista encontra-se na Argentina e por esta razão não acompanha de perto a visita de Jair Bolsonaro ao Rio Grande do Sul. Mas é positivo constatar que Jair Bolsonaro evoluiu bastante na compreensão sobre com o que e com quem pode contar para prosseguir no seu projeto de desenvolvimento nacional.
Descontrole da relatora na CPMI
O depoimento do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques à CPMI do 8 de janeiro na ultima terça-feira (20) mostrou o despreparo do governo para conduzir os trabalhos. A relatora, senadora maranhense Eliziane Gama, perdeu totalmente o controle e mandou deputados calarem a boca, ao ser repreendida pela forma como conduzia as perguntas a Silvinei. Foi preciso o presidente da CPMI, Arthur Maia (União Brasil-BA), explicar didaticamente à senadora que ela não poderia exigir que a testemunha respondesse de acordo com o seu pensamento. A situação chegou a um tal ponto de descontrole, que Arthur Maia determinou a suspensão dos trabalhos.
Entra o “Pitbull” na CPMI
A licença solicitada pelo senador Marcos do Val (Podemos-ES) por recomendação médica, não ensejará a posse do seu suplente. Mas permitirá que ele seja substituído na CPMI do 8 de janeiro pelo senador Marcos Rogério (PL-RO), que não dará trégua ao governo: Marcos Rogério, o substituto, ficou conhecido como “pitbull” do presidente Jair Bolsonaro na CPI da Pandemia.
Não é Fake News: Marinha vai condecorar senador Randolfe e deputado do dólar na cueca
A condecoração Ordem do Mérito Naval, da Marinha do Brasil, tradicionalmente é entregue em 11 de junho. A primeira grande listagem de agraciados trouxe nomes que são conhecidos dos brasileiros. Entre os agraciados estão: o senador Randolfe Rodrigues, líder do governo Lula da Silva no Senado, e o deputado José Nobre Guimarães, muito conhecido pela questão dos “dólares na cueca”.
Um dos parágrafos do Regulamento da Ordem do Mérito Naval, por exemplo, diz que poderão perder o título e a medalha as personalidades que cometerem crimes de natureza comum em qualquer foro e até se de alguma forma causarem prejuízo à dignidade nacional.
Sem o Agro, desenvolvimento do país fica comprometido
Em oportuno editorial nessa quinta-feira (22), o “Estadão” alerta para o fato de que, sem apoio ao agronegócio, o país terá dificuldades em retomar o desenvolvimento social e econômico: “os fatos têm exigido do presidente Lula da Silva a compreensão de que não há caminho que conduza ao desenvolvimento do País sem uma obrigatória aproximação com o agronegócio, setor que tantas vezes o petista buscou desqualificar. Ciente de que o maior prejuízo do aprofundamento dessa querela recairia negativamente sobre os resultados de seu terceiro mandato, Lula tem movimentado todo o governo para construir pontes com os ruralistas. A divulgação do Plano Safra 2023-24, prevista para os próximos dias, será o tour de force desse empenho. Se o governo não atrapalhar, já estará ajudando muito a manter a potência do setor que vem sustentando a economia nacional. Uma constatação que não veio de agora, com a divulgação do crescimento de 21,6% do Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária no primeiro trimestre, que garantiu o avanço de 1,9% do PIB total no período. O setor, que corresponde a 25% do PIB, vem carregando há anos o desempenho brasileiro. Sem o agro, o saldo total de crescimento no primeiro trimestre teria ficado em torno de 0,5%.”