Nos bastidores em Brasília, a intensa movimentação do senador Renan Calheiros, relator da CPI da Covid. Seria uma estratégia para ganhar visibilidade e credenciar-se como vice de Lula na disputa presidencial de 2022.
Ontem, o presidente Jair Bolsonaro não perdoou e arrematou:
– Falando em política, para o ano que vem, já tem uma chapa formada: um ladrão candidato a presidente e um vagabundo como vice.
Jobim articulou encontro de FHC e Lula
Foi o ex-ministro Nelson Jobim quem articulou o encontro de Lula com Fernando Henrique Cardoso. Depois da conversa, Lula declarou para a revista francesa Paris Match que irá disputar a eleição contra Bolsonaro. Na véspera, FHC havia afirmado que entre Bolsonaro e Lula, votaria em Lula.
FHC desautorizado por Aécio
Ficou claro, porém, que FHC não reina absoluto entre os tucanos. O deputado federal Aécio Neves, que ainda comanda informalmente o partido, desautorizou qualquer apoio a Lula, justificando que “o PSDB deve continuar a busca de uma candidatura ao centro”. Aécio foi mais longe ao garantir que “Lula nunca foi e não será uma opção para o PSDB”.
O pitaco de Bibo Nunes
O deputado federal gaúcho Bibo Nunes (PSL), que integra a linha de frente dos apoiadores de Jair Bolsonaro, deu seu pitaco:
-FHC se reunir com o ex-presidiário Lula, para discutir política o deixa mais por baixo que barriga de cobra! Esse encontro de FHC com o ex-presidiário Lula metralhou qualquer candidatura do PSDB à Presidência! Urubus de plantão sem rumo…”
STF pode implodir delação de Sérgio Cabral que incrimina Dias Toffoli
O Plenário virtual do Supremo Tribunal Federal começou a examinar ontem os embargos de declaração apresentados pela Procuradoria-Geral da República que pretende anular a delação premiada do ex-governador Sérgio Cabral. Trata-se de uma delação explosiva, que incrimina ministros do próprio STF, como é o caso de Dias Toiffoli, acusado de vender sentenças por R$ 4 milhões de reais no TSE.
Há no caso uma disputa de beleza: a Procuradoria-Geral da Republica quer anular a delação de Sérgio Cabral porque entende que ela não tem idoneidade ou validade jurídica por ter sido firmada pela Polícia Federal, sem participação do Ministério Público.
Osmar Terra é contra a liberação da cannabis medicinal
O médico e deputado federal gaúcho Osmar Terra (MDB) assumiu o protagonismo contra a aprovação na Comissão Especial da “Cannabis Medicinal” do texto do PL 399 que libera o uso medicinal da maconha. Ainda não há data para a nova reunião da comissão. Sobre o texto da proposta, Terra é taxativo:
“Cannabis medicinal”, de medicinal só tem a aparência! Essa história de defender maconha medicinal demonstra profundo desconhecimento. Sou médico, tenho mestrado em neurociência. Sei o efeito que a maconha tem nos receptores cerebrais, que recebem o THC [tetraidrocanabinol, responsável pelos efeitos alucinógenos da maconha]. De todas as substâncias que causam dependência química, é a que afeta uma maior extensão do cérebro.”