Segunda-feira, 31 de março de 2025
Por Redação O Sul | 20 de março de 2025
O vereador Jair Renan Bolsonaro (PL-SC) emocionou-se e chorou na tribuna da Câmara Municipal de Balneário Camboriú (SC) na última quarta-feira (19), ao defender seu meio-irmão, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O discurso aconteceu após comentários de colegas na Casa sobre o anúncio de Eduardo de pedir licença da Câmara para morar nos Estados Unidos. A fala de Jair Renan se deu após o vereador Eduardo Zanatta (PT) sugerir, na sessão de terça-feira (18), que a licença de Eduardo teria sido motivada pelo medo de ser preso.
Na tribuna, Jair Renan pediu respeito à sua família e fez um apelo por um tratamento mais digno. “Quando você vai atacar alguém, ataque a pessoa, não ataque a família. Eu nunca desrespeitei nenhum familiar. O que aconteceu ontem (terça) foi algo mesquinho e de baixo calão”, disse, visivelmente emocionado. Ele aproveitou para mencionar o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e relatou como foi difícil para ele ver o pai chorando pela decisão de Eduardo de não retornar ao Brasil.
“Foi duro ver o discurso dele na timeline. Foi duro ver meu pai naquele estado. Eu, que sou irmão, já senti bastante, mas meu pai, o que ele sentiu muitos aqui sabem. Muitos aqui são pais”, afirmou, visivelmente tocado pela situação. Esse trecho do discurso foi compartilhado pelo próprio vereador em sua conta no Instagram, destacando o momento de grande emoção.
Embora tenha anunciado publicamente que vai pedir licença do cargo, Eduardo Bolsonaro ainda não apresentou oficialmente a solicitação à Mesa Diretora da Câmara. O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, comentou na quarta-feira que o partido tem planos de lançar Eduardo para o Senado por São Paulo e que ele retornaria ao Brasil após quatro meses. No entanto, Eduardo afirmou que não tem previsão de retorno. “Eu só vou ter tranquilidade de voltar ao Brasil quando Alexandre de Moraes não for mais ministro da Suprema Corte ou estiver sendo posto no devido lugar dele”, disse, reafirmando sua posição.
O deputado também justificou sua decisão de ficar nos Estados Unidos, explicando que pretende “buscar sanções aos violadores dos direitos humanos”, referindo-se diretamente ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A situação gerou bastante repercussão, especialmente devido ao tom político e à relação com os acontecimentos recentes envolvendo a família Bolsonaro. (As informações são do jornal O Estado de S. Paulo)