Terça-feira, 14 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 8 de setembro de 2020
Pazuello fez a afirmação em reunião ministerial.
Foto: Carolina Antunes/PRO ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou nesta terça-feira (8), que a previsão é começar a vacinar a população brasileira contra Covid-19 em janeiro de 2021. A afirmação foi feita durante reunião ministerial no Palácio do Planalto, quando Pazuello respondeu uma pergunta da youtuber mirim Esther Castilho, escolhida pelo presidente Jair Bolsonaro para fazer perguntas aos ministros.
“Vai ter vacina para todo mundo e remédio ou não vai?”, questionou Esther. “Esse é o plano. A gente está fazendo os contatos com quem fabrica a vacina e a previsão é que chegue para a gente em janeiro. Janeiro a gente comece a vacinar todo mundo”, respondeu Pazuello.
O governo federal acertou um protocolo de intenções que prevê a disponibilização de 30 milhões de doses até o fim do ano para a vacina desenvolvida por Oxford com a AstraZeneca, e está em fase de conclusão das negociações para o pagamento e a assinatura de um acordo final que incluirá também a transferência de tecnologia para produção nacional, que deverá ser conduzida pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).
CoronaVac
O governador de São Paulo, João Doria, disse recentemente que a vacina chinesa contra o novo coronavírus, chamada CoronaVac, poderá estar disponível no SUS (Sistema Único de Saúde) a partir de dezembro. Isso vai depender de resultados positivos da terceira fase de testes e de aprovação pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Na ocasião ele mencionou o pedido de investimento de R$ 1,9 bilhão para aumentar a capacidade de produção de vacina do Butantan.
Segundo Doria, esse valor é o mesmo que o governo cedeu à Fiocruz, por meio de uma Medida Provisória, para aplicação no desenvolvimento da vacina que está sendo desenvolvida pelo laboratório AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford.
A CoronaVac está na fase três de testes, feita em humanos, realizada no Brasil desde julho. Ao todo, os testes com a CoronaVac estão sendo realizados em nove mil voluntários em centros de pesquisas de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e do Distrito Federal. A pesquisa clínica é coordenada pelo Instituto Butantan e o custo da testagem é de R$ 85 milhões, custeados pelo governo paulista.