Sexta-feira, 31 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 31 de janeiro de 2025
Primeira-dama foi alvo de ataques no X, antigo Twitter, no final de 2023.
Foto: Fernando Frazão/Agência BrasilA primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, prestou depoimento em Brasília, no inquérito que apura a invasão de sua conta no X, antigo Twitter. O ataque ocorreu em dezembro de 2023 e envolveu publicações ofensivas e de cunho sexual.
Janja compareceu, no dia 22 de janeiro, à Polícia Federal (PF) acompanhada da advogada Valeska Zanin Martins, que também atuou na defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em outros processos. A investigação identificou os responsáveis pelo ataque.
Um deles, de 17 anos de idade, morador do Distrito Federal, confessou o crime. Em razão da menoridade legal dos autores, o caso foi encaminhado à Vara da Infância e da Juventude de Brasília.
De acordo com a PF, o suspeito participava de grupos misóginos na plataforma Discord, juntamente com outras pessoas, o que levou a Polícia a realizar outros mandados de busca.
Um dos acusados publicava conteúdo musical com teor racista, sexista, misógino e nazista em plataformas digitais.
Durante a invasão, o hacker, em uma das postagens, afirmou que, se fosse preso, seria por ser uma “pessoa honesta”. Durante a ação, ele publicou mensagens contra Janja, Lula e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
A conta da primeira-dama foi hackeada por volta de 21h30min e permaneceu sob controle dos invasores por cerca de uma hora e meia. O perfil foi suspenso às 22h45min. Segundo Janja, o relatório do X sobre o ataque foi enviado à PF apenas quatro dias depois.
O caso mobilizou o governo federal. Em menos de 24 horas, 14 ministros, além do presidente Lula, se manifestaram contra o ataque. A Polícia Federal realizou uma operação para identificar os envolvidos, enquanto a Advocacia-Geral da União (AGU) notificou a plataforma X.
(Estadão Conteúdo)