Sexta-feira, 20 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 8 de março de 2023
Durante o seu discurso, Janja lembrou da pouca participação feminina no Congresso.
Foto: Reprodução de TVA primeira-dama do Brasil, Rosângela Lula da Silva, a Janja, participou na manhã desta quarta-feira (8) da sessão especial do Senado em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. Durante o ato, Janja falou sobre as mensagens de ódios que recebe nas redes sociais.
“Cada uma das mulheres aqui sabe as dificuldades do dia a dia da política. Tenho sido o principal alvo de mentiras e ataques à honra e ameaças nas redes sociais. Até mais que o presidente [Lula]. Sei que muitas de vocês também passam por isso. A mesma terrível experiência de ver seu nome, seu corpo e sua vida expostos de maneira mentirosa”, declarou.
Durante a sessão, Janja, Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), e outras mulheres receberam o Diploma Bertha Lutz. A honraria é um reconhecimento a pessoas que contribuem com a defesa dos direitos das mulheres no Brasil.
Durante o seu discurso, Janja lembrou da pouca participação feminina no Congresso. Só 17,3% da Câmara dos Deputados é formada por mulheres, enquanto o montante no Senado é de 18%.
“Um século depois de Bertha Lutz ter organizado a luta pelo direito ao voto, seguimos tendo que repetir que precisamos estar representadas nos espaços de decisão. Temos que comemorar o avanço da representatividade das mulheres no Congresso, mas ainda estamos abaixo da média mundial, que é de 26% dos assentos nos parlamentos”, argumentou.
A ministra Rosa Weber também falou sobre a importância da representatividade nos Três Poderes: “A igualdade continua a se fazer necessária, considerada a sub-representação feminina neste parlamento a partir da perspectiva masculina a respeito da mulher. Igualdade formal na lei, não igualdade substancial. Igualdade efetiva.”