Sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 26 de março de 2024
Cerca de 30 congressistas participaram, além das ministras.
Foto: Reprodução/TwitterO presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-dama, Janja Lula da Silva, receberam no Palácio da Alvorada na segunda-feira (26), um grupo de ministras e congressistas aliadas.
A única ministra que não participou foi Nísia Trindade (Saúde). Estavam presentes senadoras como Eliziane Gama (PSD-MA) e deputadas como Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Alice Portugal (PCdoB-BA). O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, também participou.
“Foi um convite feito pela primeira-dama. Um papo fraterno, amigo”, disse a jornalistas a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, na porta do Palácio da Alvorada depois do compromisso. Segundo ela, o caso Marielle Franco foi mencionado nas conversas, mas não discutido sistematicamente. “Eu disse que a Marielle foi a primeira vítima fatal da violência política de gênero”, declarou a ministra.
“Fizemos uma discussão em relação à presença da mulher na política. E a Janja colocou que nós temos que lutar pela paridade”, disse a deputada Benedita da Silva (PT-RJ). Segundo ela, Lula disse que as congressistas precisam convencer as organizações a aceitar pagar salários iguais para homens e mulheres que estão na mesma função.
De acordo com a senadora Eliziane Gama, um dos tópicos da conversa foi “como se comunicar mais com a sociedade brasileira em relação à pauta de gênero”. Lula indicou ser preciso fortalecer candidaturas femininas às prefeituras e câmaras municipais.
O encontro foi em formato de happy hour, semelhante ao adotado por Lula em conversas com deputados e senadores recentemente. Não houve jantar, mas aperitivos. Cerca de 30 congressistas participaram, além das ministras.
Em convite encaminhado às congressistas, a equipe de Janja afirmava que o objetivo do encontro é trocar “experiências, conexões e fortalecimento mútuo”.
Afirma também que a primeira-dama é uma “defensora do empoderamento feminino nos espaços de decisão e poder”.
A primeira-dama está engajada no pleito deste ano. Na última semana, em uma reunião virtual do PT sobre a participação de mulheres na política, Janja afirmou que participará de agendas em capitais e cidades pelo país para impulsionar candidaturas femininas.
“Vamos fortalecer a candidatura das mulheres por uma sociedade mais justa e igualitária. Precisamos fomentar candidaturas femininas para que elas não desistam da política”, disse.
Ela também defendeu uma mudança na legislação eleitoral que reserve vagas para mulheres em assembleias legislativas, câmaras municipais e no Congresso.
“Às vezes, é até vergonhoso a gente falar da participação das mulheres nos Parlamentos brasileiros. É muito pouco. A gente ainda tem muito a caminhar”, afirmou.