Segunda-feira, 20 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 8 de outubro de 2022
Comer tarde, depois das 22h, reduz o metabolismo, eleva a fome no dia seguinte e aumenta o risco para o desenvolvimento da obesidade. É o que aponta um novo estudo feito por pesquisadores da Universidade Harvard e publicado revista científica Cell Metabolism.
A refeição feita tão tarde foi associada pelos cientistas à desaceleração do metabolismo nas horas após ao jantar e ao aumento da fome na manhã subsequente. Do estudo participaram 16 voluntários com sobrepeso ou obesidade entre 20 e 60 anos. Eles foram divididos em dois grupos: os que precisavam fazer a última refeição do dia às 18h e os que deveriam jantar às 22h. Ambos comeram a mesma refeição oferecida pelos pesquisadores.
Ao longo do dia, os voluntários fizeram anotações o nível de apetite e fome que estavam sentindo. Além disso, os pesquisadores recolheram dados sobre a temperatura do corpo e gasto energético, e ainda coletaram amostras de sangue. Os cientistas também controlaram os fatores ambientais que pudessem causar interferência no estudo, como prática de exercícios, sono e exposição à luz.
Todos os voluntários foram instruídos a ir dormir e acordar no mesmo horário nas três semanas que antecederam o experimento, que durou 12 semanas.
Os resultados apontaram que as pessoas que fizeram a última refeição às 22h queimaram menos calorias no dia seguinte e tiveram uma produção maior do hormônio grelina, associado à fome, em comparação com as que se alimentaram até às 18h. Alimentar-se mais tarde dobrou a sensação de fome, apontaram os cientistas.
Os exames de sangue apontaram também que os voluntários que comiam mais tarde tinham níveis mais baixos de compostos químicos que regulam a saciedade após as refeições, como o hormônio leptina.
As pessoas que comeram mais tarde queimaram as calorias mais lentamente e apresentaram aumento de gordura. Segundo os pesquisadores, quem se alimentou mais tarde gastou 5,03% a menos de caloria em comparação com aqueles que jantaram mais cedo.