Quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 18 de setembro de 2023
O Japão atingiu um novo marco demográfico ao registrar, pela primeira vez, 10% da população com idade superior a 80 anos, e voltou a bater o recorde de centenários, segundo dados divulgados pelo governo japonês, com mais de 92 mil pessoas, das quais a maioria são de mulheres. Segundo as estimativas, 29,1% dos japoneses agora têm mais de 65 anos, o que representa 36,23 milhões de pessoas. Nessa segunda-feira é comemorado o feriado nacional do ‘Dia do Respeito aos Idosos’.
“O Japão tem a maior taxa de idosos do mundo” afirmou o Ministério do Interior, superando nações como Itália (24,5%) e Finlândia (23,6%) nesse quesito. O Instituto de Investigação sobre a População e a Segurança Social do Japão estimou que, em 2040, as pessoas com mais de 65 anos representem 34,8% da população japonesa. Este é o 53º aumento anual consecutivo e confirma o rápido envelhecimento do país, que já tem 73,74 centenários por cada 100 mil habitantes.
Os dados revelam ainda que, dos 124 milhões de habitantes do Japão, aproximadamente 20 milhões têm mais de 75 anos, correspondendo a 16,1% da população total, e 12,59 milhões têm mais de 80 anos, totalizando 10,1% da população.
A pessoa mais idosa do Japão é uma mulher, Fusa Tatsumi, de 116 anos, que vive na província de Osaca, no oeste do país.
Recorde em 2022
A população do Japão teve uma redução recorde em 2022, segundo dados divulgados pelo governo japonês em julho deste ano – o que comprova a dificuldade do país em estimular o crescimento das taxas de natalidade. O número de habitantes de nacionalidade japonesa era de 122,42 milhões em 1º de janeiro de 2023, com uma queda anual de 800,5 mil pessoas, segundo relatório do Ministério das Relações Exteriores. O declínio de 0,65% foi o maior desde 1968, o primeiro ano em que foram feitas estatísticas possíveis de comparação, explicou o governo. Também foi a primeira vez que as 47 prefeituras do país registraram declínio demográfico.
Muitos países desenvolvidos enfrentam baixas taxas de natalidade e envelhecimento da população, mas o problema é mais agudo no Japão, onde a população está em declínio há 14 anos. O arquipélago asiático tem a segunda população mais velha do mundo – atrás apenas de Mônaco – e o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, alertou em janeiro que o país estava “no limiar de poder continuar funcionando como uma sociedade”. As informações são do jornal O Globo e da agência de notícias AFP.