Sábado, 22 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 21 de fevereiro de 2025
A motoserra virou um símbolo da campanha do Argentino à Presidência.
Foto: ReproduçãoO presidente argentino, Javier Milei, teve um encontro com Elon Musk nesta quinta-feira (20) e lhe presenteou com uma motosserra. Os dois participaram de uma convenção ultraconservadora realizada perto de Washington, nos Estados Unidos, que reúne a elite da direita e se transformou em celebração do retorno de Donald Trump à Casa Branca.
“Chegou a motosserra à DOGE…!!!”, escreveu Milei na rede social X, referindo-se a uma comissão de corte de gastos públicos federais (Department of Government Efficiency, na sigla em inglês), criada por Trump e liderada por Musk.
“Esta é a motosserra da burocracia”, disse Musk, segurando a reluzente ferramenta elétrica no alto da Conferência de Ação Política Conservadora em National Harbor, Maryland.
A motosserra vermelha metálica, dada a Musk por Milei no início do dia, tinha gravado em sua lateral o slogan em espanhol do líder argentino: “Viva la libertad, carajo”.
Musk está liderando cortes radicais sob o comando do presidente dos EUA, Donald Trump, que atingiram reguladores bancários, trabalhadores florestais, cientistas de foguetes e dezenas de milhares de outros funcionários públicos.
Na quinta-feira, 6.000 funcionários da Receita Federal dos EUA foram informados de que seriam demitidos, disse uma pessoa familiarizada com o assunto.
A motoserra virou um símbolo da campanha do Argentino à Presidência, que prometeu cortes de gastos federais drásticos para conter a crise econômica do país. Em sua postagem, ele chamou o bilionário de “amigo”.
Junto a Milei estavam Gerardo Werthein, chanceler argentino, Luis Caputo, ministro da Economia, e Karina Milei, secretária-geral da Presidência. Musk, vestido de preto e usando óculos escuros, exibiu a motosserra no palco da convenção ao lado de Milei.
O empresário se alinhou com as políticas de Trump e acusou o governo do ex-presidente democrata Joe Biden de promover a imigração ilegal e de “gastar cada dólar possível para conseguir o maior número possível de votos, porque todos são clientes, todos são eleitores”. Na realidade, imigrantes sem cidadania não podem votar nos Estados Unidos.
Milei chegou à capital americana em meio à polêmica do chamado “criptogate”, desencadeada depois que, na semana passada, o presidente divulgou em suas redes uma criptomoeda que entrou em colapso em apenas duas horas, resultando em perdas multimilionárias.
Ainda nesta quinta-feira, Milei se reuniu com Kristalina Georgieva, diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), organismo com o qual a Argentina busca um novo acordo.
Na sexta-feira, ele deve fazer um discurso no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e se reunir com Ajay Banga, presidente do Banco Mundial. No sábado, Milei deve discursar na conferência conservadora, que será encerrada com a presença de Donald Trump. O presidente argentino compartilha das ideias de Trump, e não se descarta um encontro entre os dois.