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Rio Grande do Sul Ex-deputado Jean Wyllys apaga postagem com ataques ao governador Eduardo Leite nas redes sociais

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Wyllys escreveu que "gays com homofobia internalizada em geral desenvolvem libido e fetiches em relação ao autoritarismo e aos uniformes".

Foto: José Cruz/Agência Brasil
Wyllys escreveu que "gays com homofobia internalizada em geral desenvolvem libido e fetiches em relação ao autoritarismo e aos uniformes". (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

O ex-deputado federal Jean Wyllys apagou a publicação em que criticava o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), por manter as escolas cívico-militares no Estado.

Na quarta-feira (26), a Justiça gaúcha atendeu pedido do Ministério Público do Estado (MP-RS) e determinou a remoção da postagem. Nesta quinta, o tweet não estava mais visível no perfil de Wyllys.

Na publicação, feita em 14 de julho, Jean Wyllys escreveu que “gays com homofobia internalizada em geral desenvolvem libido e fetiches em relação ao autoritarismo e aos uniformes”.

A multa diária fixada pela Justiça caso houvesse descumprimento da decisão era de R$ 100 mil. O advogado Lucas Mourão, que representa o ex-deputado, afirmou após a decisão, que “Jean é um democrata e, portanto, seguirá a determinação judicial”.

O Poder Judiciário também determinou a quebra de sigilo de dados do ex-deputado federal e deu cinco dias para que os dados sejam fornecidos. De acordo com o MPRS, dados são informações cadastrais do usuário, como perfis vinculados à conta e outros dados armazenados, além da localização do celular ou computador no momento da publicação.

Conforme o Ministério Público, Jean Wyllys é investigado por injúria contra funcionário público e por praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. No despacho, consta que o ex-deputado agiu “de forma criminosa” ao proferir “ofensas homofóbicas à pessoa do governador”.

Para o MPRS, o texto contém elementos relacionados à orientação sexual do governador, pela insinuação de que a decisão adotada por Leite em relação à manutenção do programa de escolas cívico-militares em âmbito estadual teria como razão “homofobia internalizada”, decorrente de “libido e fetiches em relação ao autoritarismo e aos uniformes”.

Leite e Wyllys discutiram no Twitter no dia 14 de julho, após uma publicação de uma notícia de que o Estado vai manter as escolas cívico-militares. O bate-boca gerou quase 4 milhões de visualizações e dominou os assuntos em alta no dia nos dias seguintes.

 

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