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“Jeitinho” na Lei das Estatais dá fôlego a Prates

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que está valendo a Lei das Estatais, suspensa por canetada do ministro aposentado Ricardo Lewandowski, mas dispensou Lula (PT) de cumpri-la. Assim, ganhou sobrevida no cargo o ex-senador Jean Paul Prates, cuja nomeação para presidir a Petrobras fere a Lei da Estatais. A demissão de Prates é um clamor dentro e fora do governo, por inaptidão ao cargo. O artigo 17 da lei ressuscitada veda nomeações de políticos na direção de estatais.

Queda-de-braço

Aloízio Mercadante foi sondado por Lula para substituir Prates na Petrobras, mas Alexandre Silveira (Minas e Energia) veta os dois.

Lei ignorada

A lei veda também a nomeação de tipos como Mercadante, chefe do BNDES, por ter sido um coordenador da campanha eleitoral de Lula.

O remédio é pior

Conhecido chato de galocha, Mercadante tem difícil relacionamento com as pessoas, mas não cabe na frigideira miudinha de Alexandre Silveira.

TCU passou pano

Antes do STF, o TCU também prestou vassalagem ao Planalto sinalizando “não haver impedimento” para Mercadante chefiar o BNDES.

Lula visitará o Chile

Alvo de duras críticas em maio de 2023 do presidente chileno Gabriel Boric, inconformado com sua defesa do ditador Nicolás Maduro e por relativizar a invasão russa à Ucrânia, o presidente Lula fará visita ao Chile nos dias 17 e 18.

A programação da visita foi articulada pelas chancelarias de ambos os governos, cujos presidentes disputam o protagonismo da atrasada esquerda do continente. O objetivo é favorecer uma troca de palavras bajuladoras e “zerar” o incidente de há um ano.

Passando pano

Lula chamou de “narrativa” as denúncias de violação de direitos humanos na ditadura venezuelana. Boric não conteve a indignação.

Horror venezuelano

“Não é narrativa, é uma realidade, é grave e eu tive a oportunidade de ver o horror dos venezuelanos”, disse. “Isso exige uma posição firme.”

Da esquerda à direita

Também o uruguaio Lacalle Pou criticou Lula, afirmando que “o pior que se pode fazer é tentar minimizar, tapando o sol com um dedo”

Cadê o dinheiro?

O ministro da Propaganda acusa os críticos de “disseminar fake news”. Ou de “lacrar”, como no vídeo em que o prefeito de Farroupilha cobra dele, Paulo Pimenta, ao telefone, o dinheiro prometido e não liberado.

Fala embolada

Live estranhíssima do senador Jorge Seif (PL-SC) chamou atenção dos seguidores do parlamentar que insinuavam consumo de álcool. Com voz pastosa, Seif explicava sua ida ao show da Madonna.

DF é exemplo

Em trabalho heroico no Rio Grande do Sul, militares dos Bombeiros do Distrito Federal destacados pelo governador Ibaneis Rocha resgataram 149 pessoas e 45 animais só nos cinco primeiros dias de operações.

Divórcio certo

Para Gilson Marques (Novo-SC), “não há mais amor” na relação entre o governo Lula e o Congresso. “Já não é um casal ou dupla de sócios com risco de brigar. Já está em recuperação judicial. Divórcio já aconteceu. O que ocorre, às vezes, é uma recaída, flashback com interesses mútuos”.

Governo frágil

Vice-líder da oposição, Evair de Melo (PP-ES) destacou “subterfúgios” do governo na Câmara, como adiar sessão para escapar de derrotas na análise de vetos de Lula. O deputado promete novas derrubadas.

Tem arroz

Presidente da Associação dos Arrozeiros do Rio Grande do Sul, Alexandre Velho, descartou necessidade de importação do produto para conter risco de desabastecimento. Diz que 84% da produção foi colhida.

União rima com João

Ao menos no Recife, o União Brasil deve andar junto com o PSB nas eleições municipais deste ano. O partido “conservador”, ex-DEM, ex-PFL e ex-Arena, está para fechar apoio à reeleição do prefeito João Campos.

Ex-amigo

O influencer Whindersson Nunes é o novo ex-querido de militantes da esquerda após confusa publicação ser interpretada como crítica ao governo Lula. Sem perdão, acabou virando desafeto da turma.

Pensando bem…

… Em terra de cego, ver é crime.

PODER SEM PUDOR

Promessa de político

Jefferson Brant saiu de Uberlândia (MG) e, em Brasília, pediu emprego ao primo Rondon Pacheco, líder do general Emílio Médici na Câmara. Ouviu: “Claro! É só esperar. Você será agente administrativo da Câmara”. O tempo foi passando e nada. O primo só dizia: “Vai sair”. E advertia: “Não fale para ninguém, guarde segredo”.

Certo dia um jornal informou que 20 mil candidatos disputavam as vagas para agente administrativo na Câmara. Jéferson jamais esquecerá a desculpa esfarrapada do primo: “Eu não disse para não falar a ninguém? Vazou…”

(Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos)

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