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Cláudio Humberto J&F manobra para não entregar empresa que vendeu

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Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

A J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, tenta nova jogada para não entregar o controle da Eldorado Celulose, que vendeu por R$15 bilhões em 2017 à multinacional Paper Excellence. A manobra da vez é uma “reclamação”, considerada descabida, a ser julgada em 19 de julho pelo Grupo Especial da Seção de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo. É a J&F tentando anular a sentença que confirmou a decisão arbitral favorável à transferência do controle da Eldorado para a Paper.

Litigância exótica
A procuradora do MP Leila Ramacciotti critica o “repetido inconformismo” da J&F, para alterar sentenças em instância inadequada, por reclamação.

Jogada inviável
Quando já há apelação em relação a uma sentença, não é viável tentar reverter essa mesma sentença também por meio de uma reclamação.

Contrato cumprido
A Paper adquiriu 100% da Eldorado: R$3,8 bilhões iniciais por 49,41% e o restante após liberação de garantias das dívidas da empresa.

Por fora não dá
A J&F, que parece ter se arrependido do negócio, exigiu mais R$6,4 bilhões por fora, segundo a Paper, para entregar a empresa que vedeu.

União pressiona por relatoria reforma tributária
Não bastassem as dores de cabeça que o União Brasil dá ao governo Lula na Câmara, no Senado, o partido pressiona para levar a relatoria da reforma tributária. Os primeiros arranjos davam como certo o senador Eduardo Braga (MDB-AM) no posto. O poder de alterar o texto do projeto, que rende poder de barganha, e o holofote que a função garante, despertaram o partido. Os senadores Davi Alcolumbre (União-AP) e Efraim Filho (União-PB) se mexeram e articulam para levar a relatoria.

Queda de braço
Entre Efraim e Alcolumbre, o amapaense pode levar a melhor. Efraim é visto com certa desconfiança pelo Planalto.

Estranho no ninho
O governo fez sondagens e cogita trabalhar pelo nome do senador Otto Alencar (PSD-BA), este com menor chance de ser escolhido.

Ritmo da discórdia
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-BA), afinadíssimo ao Planalto, quer o texto votado até novembro. A oposição não concorda.

Pacificação
Lideranças do PL devem se reunir nesta semana para pacificar o partido, que pegou fogo com a reforma tributária. Devem participar o cacique Valdemar Costa Neto, o líder Altineu Côrtes (PL-RJ) e Jair Bolsonaro.

Dando as ordens
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve se reunir nesta terça-feira (11) com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Na pauta, a reforma tributária, em especial a relatoria do projeto.

Convocações sensíveis
Após o adiamento em razão da votação da reforma, a CPI do MST vota nesta terça (11) a convocação do ministro Rui Costa (Casa Civil) e de Gonçalves Dias, o general do Lula. Serão interrogados em agosto.

Não há provas
A Procuradoria Geral da República pediu o arquivamento do inquérito sobre o deputado André Fernandes (PL-CE). A PGR concluiu não ser possível apontar o “nível de influência” do parlamentar nos atos do dia 8.

Reincidência
Após sorridente foto com o presidente Lula, Yury do Paredão (PL-CE) voltou a ser criticado nas redes sociais. Desta vez, o deputado federal foi fotografado ao lado do petista Camilo Santana, ministro da Educação.

Embratur divide
Marcelo Freixo, chefão da Embratur, balança no cargo, mas diz a aliados que segue trabalhando normalmente, sem demissão no horizonte. O União Brasil, que levou o Ministério do Turismo, quer o controle da Embratur, ou seja, Freixo fora.

Mudou de ideia
A deputada Bia Kicis (PL-DF) alegou instabilidade do sistema para requerer a mudança do seu voto sobre a análise da Reforma Tributária. Pediu para registrar que foi contra a antecipação da votação.

Aras falado
A possibilidade de recondução do procurador-geral da República, Augusto Aras, extrapolou os limites de Brasília nesta segunda-feira (10) e ficou entre os assuntos mais comentados do Twitter.

Segue o líder
Político pregando no Congresso a suspensão do Brasileirão parece papo de quem pretende interromper a trajetória do Botafogo.

PODER SEM PUDOR
O vovô twitteiro
Em campanha para a Presidência da República em 2010, o veterano Plínio de Arruda Sampaio (Psol), com fôlego de garoto, ficou viciado no Twitter. Aprendeu a teclar pelo celular e divulgava cada passo de suas viagens. Num imprevisto, em Bom Jesus da Lapa (BA), viu-se sem sinal de celular nem conexão para o laptop da equipe. Ao descobrir numa pracinha uma lan house onde a garotada jogava games, e não titubeou. Meteu-se entre a rapaziada, escolheu um computador e ficou no Twitter por uma hora.

Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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