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João Amoêdo disse que, se for eleito presidente da República, vai abrir mão das residências oficiais para viver em uma casa particular

Ex-banqueiro conta com 1% das intenções de voto. (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

O candidato à presidência João Amoêdo, do partido Novo, prometeu que, caso seja eleito, vai renunciar a residências oficiais e viverá em casa particular. O discurso foi feito durante uma visita à tradicional feira de artesanato e antiguidades da praça Benetito Calixto, na Zona Oeste da cidade de São Paulo.

Ele também defendeu a renovação do Congresso Nacional, o corte de gastos da máquina pública e de privilégios. E aproveitou para cumprimentou expositores e tirou fotos com frequentadores.

Em entrevista à imprensa, Amoêdo (que conta com 1% das intenções de voto, segundo a mais recente pesquisa do instituto Ibope) afirmou que vai tomar medidas logo no início do governo para moralizar os gastos presidenciais (incluindo o fim dos cartões corporativos) e limitar a 12 o número de ministérios. Também garantiu que vai propor reformas como a tributária, para reequilibrar as contas públicas.

“São três coisas que eu quero fazer logo no início de meu mandato: a primeira é dar o exemplo, que a gente vai para lá para cortar privilégios, cortar benefícios. Então, é não morar em palácio, não usar cartão coorporativo, não usar o avião da FAB para coisas pessoais e reduzir assessores”, mencionou.

“A segunda coisa é que eu acredito muito em time, em equipe. Então, vou montar uma equipe de ministros, não mais do que 12, que de fato vão fazer a diferença, gente que entende o que está fazendo”, prosseguiu.

“E a terceira coisa: a gente precisa equilibrar as contas públicas e investir mais em educação”, finalizou. O candidato disse ainda que mudar a forma de se relacionar com deputados e senadores, abandonando o fisiologismo e se amparando em critérios técnicos.

Como exemplo, mencionou que até aceitaria negociar nomes indicados por partidos para Ministérios, desde que sejam técnicos.

No programa de governo de Amoêdo, um ex-banqueiro de 52 anos, constam itens como privatizações, programas sociaise previdência social. Ele defende a desestatização da Petrobras, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, por exemplo. Para ele, qualquer serviço público pode passar à iniciativa privada.

Ele se diz a favor do Bolsa Família e vê o programa com bom custo-benefício. “É uma solução que adota a crença na liberdade, na responsabilidade do indivíduo e no livre mercado, e não na gestão estatal”, escreveu.

No que se refere à Previdência Social, Amoêdo – dono de um patrimônio declarado de cerca de R$ 450 milhões (conforme a declaração que fez no registro de candidatura junto à Justiça Eleitoral) – é a favor de reformar a Previdência. Para ele, o atual sistema é inviável e não basta ajustar os benefícios e privilégios concedidos aos servidores públicos e militares.

Amoêdo defende, ainda, a reforma trabalhista aprovada pelo governo Temer, mas acha que ela pode ser “melhorada”. Na segurança pública, ele apoia a revisão do Estatuto do Desarmamento, justificando que possuir armas é uma garantia individual do cidadão.

Sobre o teto dos gastos públicos, considera o congelamento dos gastos aprovado pelo governo Temer uma medida positiva. E na política econômica do governo federal, defende o fim de desonerações para alguns setores da economia, além da simplificação dos tributos, “principalmente sobre o consumo”.

 

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